A já histórica cooperação de defesa entre Suécia e Finlândia pode ser um peso favorável para que o JAS-39E/F Gripen seja escolhido como o novo caça da Força Aérea Finlandesa.
Na concorrência HX competem os caças europeus Gripen, Dassault Rafale e Eurofighter Typhoon e os norte-americanos Lockheed Martin F-35 Lightning II e Boeing F/A-18E/F Super Hornet.
No final do mês passado, a Finlândia solicitou que as fabricantes enviem suas propostas finais até o dia 30 de abril. Até o final do ano, será revelado o caça que irá substituir os F/A-18C/D Hornet da Força Aérea Finlandesa, uma compra avaliada em US$ 12 bilhões.
O Ministro da Defesa Sueco, Peter Hultqvist, o subcomandante da Força Aérea Sueca, General-Brigadeiro Anders Persson, o CEO da Saab, Micael Johansson, e o diretor da campanha Gripen para a Finlândia, Magnus Skogberg, reforçaram as parcerias entre os dois países, lembrando que o Gripen foi desenvolvido para enfrentar o clima severo da região e um inimigo comum (a Rússia) entre os países.
“A cooperação de defesa entre a Suécia e a Finlândia é agora mais ambiciosa e extensa do que nunca, incluindo os níveis político, estratégico, operacional e tático”, disse Hultqvist.
“A interoperabilidade entre nossas forças armadas está melhorando dia a dia. É claro que agimos juntos e a aquisição atual de novas aeronaves de caça no programa HX cria oportunidades de longo alcance para maior cooperação e integração.”, completou o Ministro.
Hultqvist também lembrou que a proposta sueca inclui dois aviões de alerta antecipado Saab GlobalEye, e pela primeira vez afirmou que a Suécia deverá adquirir os aviões no futuro para substituir os turboélices Saab 340 AEW&C, designados S100B Argus na Força Aérea Sueca.
“Se a Finlândia decidir adquirir o Gripen e a GlobalEye, isso abrirá para uma aquisição harmonizada e um maior desenvolvimento comum entre nossos países”, diz ele.
Todavia, ele também afirmou que ainda não há nenhuma conversa formal para a aquisição das novas aeronaves para a Força Aérea do seu país.
“Não tomamos nenhuma decisão formal para adquirir o GlobalEye, mas é assim que deve ser interpretada. É um produto sueco, muito bem desenvolvido e de classe mundial”, disse Hultqvist
O Brigadeiro Anders Persson reforçou questões e necessidades em comum entre as forças aéreas suecas e finlandesas.
“O Gripen foi projetado para nosso ambiente comum, nosso inimigo comum e com nosso pessoal em foco. Temos a mesma ameaça, optamos pela mesma tática, com dispersão de forças e serviços de apoio com conscritos. Trabalhar isso em conjunto pode ser o multiplicador de força necessário para enfrentar um inimigo que tem mais aeronaves do que nós – precisamos ser mais inteligentes, juntos.”
Person também afirmou que as instituições poderiam trabalhar juntas como “uma única força aérea com dois comandantes”, o que dá uma ideia do quão grande poderia ser a parceria operacional entre as nações.
Magnus Skogberg afirmou que já foram firmados acordos com nove empresas no país e que 20 estarão envolvidas na participação industrial direta em mais de 50 projetos, semelhante ao que vem ocorrendo no acordo de transferência de tecnologia com o Brasil.
Micael Johansson também falou da parceria industrial e transferência de tecnologia, reforçando também as atualizações facilitadas no Gripen, através de sua arquitetura aberta.
Até agora, o JAS-39E/F já foi adquirido pelo Brasil (36 caças) e Suécia (60 caças), e concorre também no Canadá. O Gripen foi excluído da concorrência na Suíça pois é uma aeronave ainda em desenvolvimento.
Via Defense News, Flightglobal.
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