As últimas semanas foram bem turbulentas para a LATAM Airlines, em todas as suas subsidiárias e filiais.

A empresa, que entrou com pedido de recuperação judicial há pouco tempo sem englobar as filiais no Brasil, Argentina, Paraguai, começou a ter ainda mais problemas além da pandemia, que causa grandes perdas no setor.

A divisão argentina da LATAM encerrou suas atividades por tempo indeterminado, o mesmo pode ocorrer com as empresas na Colômbia e no Paraguai. No Brasil a situação também não é das melhores, a empresa brasileira está com mais de 50 aviões para renegociação de leasing e se não houver acordo, precisará reduzir a oferta. 

Além dos problemas administrativos, a empresa está lidando com um ‘conflito interno’, entre o seu CEO e seus colaboradores. O presidente da empresa Jerome Cadier tem sido o alvo frequente de uma revolta de seus funcionários devido às demissões recentes e principalmente a falta de acordos, em meio a um turbulento momento que atravessa a aviação como um todo.

A LATAM é a única das três grandes do setor que ainda não entrou em acordo com seus funcionários de solo e de tripulação de voo. Nas redes sociais e nos meios de comunicação, os funcionários da empresa atacam e pedem a saída do executivo do comando da empresa. 

Em uma entrevista recente ao Melhores Destinos, o CEO disse também que os tripulantes brasileiros voam pouco, e alei precisava ser ajustada para ter uma eficiência melhor.

“Não podemos mais aceitar que um tripulante brasileiro seja um dos que menos voa por mês no mundo inteiro. O brasileiro voa no máximo 90 horas, a média é 70, 60 horas. Por que a gente tem que aceitar isso no Brasil, quando na Europa, nos EUA, na Ásia, muitos voam mais de 110, 120 horas? Chega de jabuticaba brasileira aqui”, afirmou o CEO.

O comentário do executivo repercutiu também no Sindicato dos Aeronautas, que não ficou nada satisfeito com a fala do CEO da LATAM Brasil, gerando revolta e um pedido em uma live realizada ontem: “se alguém perder o emprego, é por falta de liderança, a empresa está acéfala ao meu ver, e encerro aqui fazendo um pedido: Jerome, renuncia, pelo bem da aviação brasileira e não só para estes tripulantes”.

Você pode ver mais sobre esse assunto sendo abordado no vídeo abaixo: