O presidente turco Recep Tayyip Erdogan afirmou nesta quarta-feira (27) que quer se reunir com sua contraparte norte-americana, o presidente Joe Biden, para falar sobre a resolução da expulsão da Turquia do programa do caça stealth F-35 Lightning II.
Falando à jornalistas, Erdogan disse que pretende falar com Biden durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 26), que será realizada no próximo mês em Glasgow. Em 2019, os Estados Unidos expulsaram a Turquia do programa depois que Ancara seguiu em frente com a aquisição de sistemas de mísseis antiaéreos S-400 da Rússia.
A Turquia é uma das nações que participou no desenvolvimento do caça de 5ª Geração, tendo investido US$ 1,4 bilhão no programa. Os dois países estão em negociações sobre o valor. “Muito provavelmente, teremos uma reunião em Glasgow, em vez de Roma. Nosso problema mais importante será o F-35”, disse Erdogan aos repórteres ao retornar de uma viagem ao Azerbaijão. “Temos um pagamento de 1,4 bilhão em relação aos F-35. Precisamos discutir como será o plano de reembolso.”
Ainda nesta tarde, o Pentágono informou que representantes da OTAN, do Departamento de Defesa dos EUA e do Ministério da Defesa Nacional da Turquia se reuniram hoje em Ancara para discussões sobre a resolução de disputas remanescentes resultantes da remoção da Turquia do Programa F-35. A expulsão do país foi concluída no dia 23/09.
“A reunião demonstra o compromisso do Governo dos Estados Unidos em concluir com respeito o envolvimento anterior da Turquia no programa F-35. As discussões foram produtivas e as delegações planejam se reunir novamente nos próximos meses em Washington, DC.”
Os comentários de Erdogan vieram dias depois que o líder turco recuou de uma ameaça de expulsar os embaixadores dos Estados Unidos e de nove outras nações ocidentais por seu apoio a um ativista preso, desarmando uma potencial crise diplomática.
Erdogan também foi desmentido pelo Departamento de Estado dos EUA na semana passada. Antes de partir para uma viagem à África, ele afirmou que Washington havia proposto o financiamento de 40 caças F-16 e mais 80 kits para modernização como compensação para o investimento no F-35. No dia seguinte, um porta-voz do governo dos EUA afirmou que não houve nenhuma oferta para o financiamento de caças F-16 Fighting Falcon para a Turquia.
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