A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) implantou caças stealth F-22 Raptor na Base Aérea de Kadena, no sul do Japão. Os aviões chegaram na última sexta-feira (4), ao mesmo tempo em que os EUA começa a retirar seus veteranos F-15 Eagle da base. 

Segundo as Forças Aéreas do Pacífico (PACAF), os F-22 pertencem à 3ª Ala da Base Aérea Conjunta de Elmendorf-Richardson, no Alasca. Enquanto estiver no Japão, o destacamento vai atuar em conjunto com ativos já baseados em Kadena “para manter as capacidades de combate em estado estacionário e aumentar a prontidão operacional dos EUA para defender o Japão, garantindo um Indo-Pacífico livre e aberto”, diz a PACAF em comunicado. 

A USAF começou em novembro a retirada dos dois esquadrões de F-15C/D baseados em Kadena, totalizando 48 caças de superioridade aérea em operação há mais de 30 anos. Ao mesmo tempo o Departamento de Defesa analisa se voltará a implantar uma presença permanente em Kadena, futuramente. 

Apesar da idade das aeronaves, a decisão de retirar os aviões é polêmica, pois ocorre enquanto as tensões na região apenas aumentam. 

Segundo o Defense News, senadores republicanos enviaram uma carta ao secretário de Defesa Lloyd Austin, expressando preocupação com os planos da Força Aérea. Eles também pediram mais mais informações sobre como o Pentágono planeja substituir o valor de dissuasão e a capacidade de combate dos caças.

Enquanto os aviões dão adeus à Kadena, a USAF vai manter a presença na base através de destacamentos rotativos, implantando caças de 4ª e 5ª geração, incluindo os F-15EX Eagle II e F-35 Lightning II mais avançados que os atuais F-15C/D, que também estão dando baixa nos EUA. 

“Por décadas, a Base Aérea de Kadena serviu como a pedra angular do Pacífico. A posição estratégica da base a torna um local vital para as forças deter os adversários regionais [China e Coreia do Norte] e projetar o poder aéreo dos EUA em todo o Indo-Pacífico.”

Kadena ainda é sede de aeronaves E-3 Sentry, KC-135 Stratotanker, HH-60 Pave Hawk, MV-22 Osprey e MC-130 Commando II, representando uma das bases mais importantes dos EUA no Pacífico.