F-15 da Força Aérea dos EUA derruba F-16 usando míssil AMRAAM melhorado

F-15 AIM-120D-3 míssil AMRAAM abate EUA
AIM-120D-3 atualizado foi disparado de um F-15E Strike Eagle. Foto: USAF.

A Força Aérea dos EUA (USAF) e a Raytheon testaram com sucesso uma nova versão do míssil AIM-120 AMRAAM contra um F-16 em 30 de junho. O evento marcou o primeiro disparo real bem-sucedido da versão melhorada do armamento. 

Chamado de AIM-120D-3, o míssil foi disparado de um caça-bombardeiro F-15E Strike Eagle contra um QF-16, um caça F-16 comum transformado em drone para servir de alvo em testes e treinamentos.

F-16 QF-16 drone alvo EUA

Um QF-16, similar ao derrubado pela USAF com seu “novo” míssil no final de junho. Foto: USAF.

O exercício com o AMRAAM atualizado foi conduzido pelos 28º e 85º Esquadrões de Testes e Avaliações. Segundo a 53ª Ala da Base Aérea de Eglin, o objetivo era executar um disparo de longo alcance que estressasse fisicamente o novo hardware do míssil e verificasse as capacidades de desempenho desta nova versão. 

O programa de atualização do AMRAAM, principal míssil de médio/longo alcance dos EUA, é uma das respostas da USAF ao míssil europeu Meteor da MBDA e o PL-15 chinês. Ao mesmo tempo, a Força Aérea e a Lockheed Martin dos EUA trabalham para desenvolver um novo míssil, o AIM-260 Joint Air Tactical Missile.

Foto: USAF.

A modernização do AMRAAM ocorre pelo programa Form, Fit and Function Replacement de seu fabricante, a Raytheon, que instalou 15 novos componentes eletrônicos, substituindo materiais do início dos anos 200. A companhia busca, através de novos softwares e hardwares, aumentar o alcance do míssil sem trocar o propelente ou instalar um novo motor-foguete. 

A Marinha já havia realizado lançamentos do AIM-120D-3 antes, mas não contra uma aeronave real, mesmo que não tripulada como no caso do QF-16. No ano passado a USAF disse ter quebrado o recorde de abate mais distante com um míssil, mas não deu detalhes sobre o evento. 

F/A-18F Super Hornet realizando o segundo teste de disparo do AIM-120D-3. Foto: US Navy.

“A execução bem-sucedida prova que o hardware e o software redesenhados estão progredindo conforme o esperado e nos coloca um passo mais perto de colocar em campo uma capacidade ar-ar confiável e sustentável para o combatente”, disse o Major Heath Honaker, diretor de engenharia e programas avançados do 28º TES.

Antes do disparo, a equipe de avaliação realizou várias voos de teste de transporte cativo com mísseis AIM-120D3 instrumentados para coletar dados e garantir que o novo hardware e software do míssil funcionasse corretamente.

Foto: USAF.

“O F3R é fundamental para permitir a produção de alta confiança do AIM-120D a partir de 2022 até o restante do ciclo de vida do míssil”, disse Honaker.

Em serviço desde 1991, o AIM-120 AMRAAM (Advanced Medium-Range Air-to-Air Missile) é o principal míssil ar-ar guiado por radar em uso no mundo, com mais de 4.900 disparos de teste e mais de 13 vitórias em combate real.

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.