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Flares de caças F-5 da FAB são encontrados em cidades do litoral gaúcho

Caça F-5 da FAB disparando um flare.

Pelo menos quatro Flares de aviões de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) foram encontrados por moradores de cidades do litoral do Rio Grande do Sul. Tratam-se de dispositivos explosivos, usados para despistar mísseis. 

Os artefatos foram encontrados em propriedades rurais de Capivari do Sul e Palmares do Sul. Segundo o portal Litoral na Rede, os dois primeiros flares foram achados no dia 03/10 por um produtor rural de Capivari, enquanto trabalhava com um trator. Ele recolheu os flares e acionou a Polícia Militar. 

Flares FAB
Artefato explosivo é usado por aviões de caça, transporte e helicópteros para autodefesa. Foto: CBMRS via GZH.

Três dias depois, um agricultor encontrou mais um “despistador” da FAB em sua propriedade em Palmares do Sul. Segundo o comandante do 8º BPM, Major Luiz César, o esquadrão antibombas do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) foi acionado nas duas ocasiões para detonar o material. 

Na terça-feira (17), um morador encontrou mais um artefato em Capivari do Sul, desta vez em um campo, totalizando o quarto flare encontrado em menos de 30 dias. Ele levou o explosivo até uma oficina, onde o Corpo de Bombeiros foi acionado. Novamente o BOPE foi deslocado para explodir o flare. 

A Força Aérea confirmou a GZH e Litoral na Rede que os dispositivos foram lançados por caças F-5M Tiger II do Esquadrão Pampa (1º/14º GAv) da Base Aérea de Canoas. 

Os materiais são chamados de flares e são disparados por aeronaves de combate como contramedidas para mísseis guiados por calor. Esse tipo de arma, normalmente de curto alcance, se orienta pelo calor dos motores do alvo. Quando o flare é disparado, cria uma fonte de calor mais forte que a emitida pela aeronave, desviando-o do alvo.

FAB Caça F-5 Canoas Rio Grande do Sul
F-5EM Tiger II do Esquadrão Pampa, com sede na Base Aérea de Canoas (RS).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cada F-5 possui pelo menos um lançador, instalado na barriga, capaz de comportar 30 flares. O equipamento também é usado para lançar chaffs, outro tipo de contramedida, usada para confundir mísseis guiados por radar. 

Segundo GZH, a FAB também disse que a condição dos flares está “dentro do previsto para a operação de tal dispositivo”, apesar de não responder se os episódios estão relacionados a exercícios militares de rotina das aeronaves brasileiras.

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Há algumas semanas o “Catorze” (como o esquadrão Pampa também é chamado)  esteve envolvido em treinamento com o Esquadrão Jambock (1º GAvCa), da base de Santa Cruz (RJ). Durante o exercício, um F-5 quebrou a barreira do som, chamando atenção de moradores do litoral do RS. Atualmente, seis aviões dos dois esquadrões estão no Chile participando de um treinamento multinacional

Esta não é a primeira vez que algo do tipo acontece. Em 2017, outros quatro flares foram achados em fazendas na região de Jaraguá, Goiás. Na ocasião, a FAB confirmou à imprensa local que os flares eram de aviões de caça da Base Aérea de Anápolis, distante cerca de 80 km de Jaraguá. 

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: F-5, fab, Flares, usaexport