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Força Aérea dos EUA atrasa primeiro voo do bombardeiro B-21

USAF B-21

O novo bombardeiro da Força Aérea dos EUA (USAF), o B-21 Raider fabricado pela Northrop Grumman, teve seu primeiro voo atrasado em seis meses. Desta forma, o avião em forma de asa só deve decolar em 2023.

Apesar do primeiro voo que deveria ocorrer em 2022, o cronograma de desenvolvimento do B-21 não deverá ser atrasado, e as primeiras aeronaves estarão operando pela USAF em 2026.

“O programa B-21 continua a garantir que a primeira aeronave de teste de voo seja uma construção de alta qualidade e representativa de produção, a fim de conduzir uma campanha de teste de voo eficiente e rapidamente colocar em campo essa capacidade crítica de combate”, disse um porta-voz da USAF à Air Force Magazine.

A Northrop Grumman quer utilizar seis aviões B-21 no programa de testes, como forma de antecipar a entrada em serviço desta aeronave, e possibilitando a antecipação da aposentadoria do B-2 Spirit e do B-1 Lancer.

Todos os seis aviões fazem parte da frota de protótipos de desenvolvimento, e compõe o grupo de Engenharia e Desenvolvimento de Manufatura (EMD). Mas no futuro esses aviões serão possivelmente convertidos para aeronaves militares de série, e entregues à USAF, como normalmente ocorre no setor.

Projeção artística de um B-2 Spirit junto de um B-21 Raider. Autor desconhecido.

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) revelou que espera comprar pelo menos 100 bombardeiros B-21, a um custo de US$ 600 milhões por unidade. Contudo, em maio deste ano o tenente-general David S. Nahom disse ao Comitê de Serviços Armados da Câmara que a USAF está de olho em 145 unidades do B-21, mas uma estratégia completa de aquisição ainda não foi determinada.

 

Como será o bombardeiro B-21 Raider?

Anunciado inicialmente em 2016, o B-21 será um novo bombardeiro stealth com longo-alcance e grande capacidade carga. As concepções artísticas divulgadas até o momento mostram que a aeronave terá design similar ao B-2 Spirit, este em serviço desde a década de 1980.

O nome Raider é uma homenagem aos Doolittle Raiders, um grupo de aviadores da então Força Aérea do Exército dos EUA, que em 18 de Abril de 1942, liderados pelo Tenente-Coronel James Harold Doolittle decolaram bombardeiros B-25 Mitchell a partir do porta-aviões USS Hornet para atacar Tóquio em resposta ao ataque japonês de Pearl Harbor em dezembro de 1941.

Os bombardeiros B-25 no convés do USS Hornet em 1942.

O B-21 deverá substituir, de forma gradativa, o B-1B Lancer supersônico e o B-2A Spirit stealth, duas aeronaves que junto do B-52 Stratofortress formam a tríade de bombardeiros da Força Aérea dos EUA. Em junho de 2021, a secretária interina da USAF revelou ao Congresso que os dois primeiros protótipos do B-21 “estão completos e prontos para os testes“. 

A USAF planeja ter apenas dois modelos em serviço no futuro, com o B-21 e os B-52 atualizados com novos motores formando a espinha dorsal do Comando de Ataque Global. A USAF também já deu início ao processo de aposentadoria dos B-1B, com 17 unidades iniciais escolhidas. A primeira foi retirada de serviço em fevereiro do ano passado.

Em termos de capacidade de bombas é esperado algo próximo ao B-2, já as dimensões externas do novo bombardeiro deverão ser um pouco menor. Contudo, o custo de operação deve ser bastante reduzido em comparação com a geração anterior.

 

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Militar, Notícias

Tags: B-21, Estados Unidos, Força Aérea, Militar, Northrop