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IATA divulga diminuição da receita nas companhias de até US$ 113 bilhões

As companhias aéreas em todo o mundo podem perder uma receita de US$ 63 bilhões até US$ 113 bilhões em 2020, dependendo da extensão do surto de coronavírus, diz a IATA, ao rotular o impacto de “uma crise”. 

A última avaliação da associação é mais do que o dobro de sua estimativa inicial de perda de receita global de companhias aéreas perdidas resultante do surto, quando em 20 de fevereiro estimou um impacto provável de US$ 29,3 milhões nas receitas de companhias aéreas de todo o planeta.

A receita potencial de US$ 113 bilhões está financeiramente comparável à que a indústria experimentou em 2009, durante a crise financeira global. Na sua mais recente avaliação de impacto, a IATA descreve dois cenários – um de “propagação limitada” do vírus e outro de “disseminação extensa”.

Para a análise de propagação limitada, levou em conta os países existentes com pelo menos 100 casos confirmados de coronavírus. Estes incluem China, Cingapura, Japão, Itália e Irã. Também estima quedas na confiança do consumidor em outros mercados da América do Norte, Ásia-Pacífico e Europa. 

A IATA alertou que impostos adicionais podem ser prejudiciais para a economia holandesa. Foto: KLM

Dos US$ 63 bilhões em receita atingida, a avaliação da IATA mostra que a China é responsável por mais de um terço disso. Os mercados associados à Ásia, incluindo a China, representariam US$ 47 bilhões da perda total de receita. 

Na sua análise de “extensa expansão”. A IATA incluiu todos os países com 10 ou mais casos confirmados de coronavírus. Como um todo, a Ásia-Pacífico verá cerca de US$ 57 bilhões em perda de receita, sendo a maior parte composta por países como China, Japão, Coréia do Sul e Cingapura. 

A IATA tinha em suas perspectivas de dezembro para a receita projetada de companhias aéreas coletivas um aumento de 4%, para US$ 872 bilhões. A IATA estima que isso poderia reduzir os custos de combustível em até US$ 28 bilhões. 

O diretor geral da IATA, Alexandre de Juniac, diz que a virada dos eventos nos últimos dias “é quase sem precedentes”. 

Ele diz: “Não está claro como o vírus se desenvolverá, mas se vemos o impacto contido em alguns mercados e uma perda de receita de US$ 63 bilhões ou um impacto mais amplo que leva a uma perda de receita de US$ 113 bilhões, isso é uma crise”.

A mais recente avaliação da IATA ocorre um dia após a divulgação de dados que mostram que o crescimento do tráfego de passageiros diminuiu para 2,4% em janeiro – o mais fraco aumento mensal em quase 10 anos. 

A receita de passageiros-quilômetros para a América Latina e Ásia-Pacífico foi a mais atingida, crescendo 0,4% cada. A Europa apresentou crescimento de 1,6%, enquanto os números da África, Oriente Médio e América do Norte estavam na faixa de 5 a 6%.

De Juniac alertou que os dados de janeiro eram “a ponta do iceberg” em termos do impacto do surto de coronavírus. Isso ocorreu porque as principais restrições de viagens na China só começaram no final de janeiro, observa ele.

 

 

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