O Ministério da Defesa do Japão começou na última quinta-feira (12) a construção de uma base aérea na ilha deserta de Mageshima. Apesar de pertencer às suas Forças de Autodefesa (SDF), a base será um local de treinamento para os caças navais da Marinha dos Estados Unidos.
A construção deve levar cerca de quatro anos e faz parte de um plano japonês para realocar o treinamento dos aviões norte-americanos. O trabalho começa pela construção das duas pistas, que deve durar cerca de dois anos.
A base vai contar com uma infraestrutura completa: uma torre de controle, armazenamento de combustível e munições, hangares, alojamentos e ponto de atracação para navios de guerra. No entanto, o objetivo principal é abrigar um local de FCLP (field carrier landing practice), onde pilotos podem treinar em terra o pouso e a decolagem de um porta-aviões.
Atualmente esse treinamento é realizado na Ilha de Iwoto, mais conhecida por Iwo Jima. Segundo o Japan Today, a base em Mageshima deve abrigar treinamentos anualmente por cerca de 20 dias. A ilha está completamente desabitada desde a década de 1960.
Antes o treinamento era realizado a partir da base de Atsugi, mas os moradores reclamaram do barulhos dos aviões, forçando a transferência dos exercícios para Iwoto. Em 2018 os militares foram transferidos de Atsugi para outra base em Iwakuni, no oeste do Japão, em 2018, resultando em voos mais longos para o local de treinamento. A Ilha de Iwoto fica a cerca de 1.400 km a sudeste de Iwakuni.
“Dado o ambiente de segurança mais severo e complicado do pós-guerra, o governo construirá esta instalação e iniciará sua operação o mais cedo possível”, disse o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, afirmando ainda que a base será indispensável para os EUA.
Enquanto começa a construção das instalações militares, o Ministério da Defesa também deve resolver outro problema: a pesca. Para isso, a pasta propôs pagar 2,2 bilhões de ienes em compensação aos pescadores locais que não poderão operar durante o período de construção de quatro anos e no ano de avaliação seguinte, de acordo com uma fonte da cooperativa de pesca local.
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