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Itália vai aposentar aviões de caça AMX em abril

Caça-bombardeiro AMX A-11 Ghibli italiano. Jatos de ataque serão aposentados em abril de 2024. Foto: Michael R. Holzwort/Força Aérea dos EUA.

Os caças-bombardeiros AMX da Força Aérea da Itália serão aposentados no próximo mês de abril. A informação é da própria Aeronautica Militare Italiana – AMI, que na quarta-feira (13) convidou o público para a cerimônia de baixa dos aviões, desenvolvidos em parceria com o Brasil na década de 1980. 

A solenidade está marcada para o dia 05 de abril, na Base Aérea de Istrana, no norte da Itália. A instalação é sede do 132 Gruppo do 51 Stormo, último esquadrão a operar o A-11 Ghibli, como o jato foi chamado pela AMI.

Em seu próprio website, a força aérea diz que o evento contará com um voo em formação de 5 caças-bombardeiros AMX, bem como a participação da equipe acrobática Frecce Tricolori, dois F-2000 Typhoon, um caça stealth F-35 Lightning II e outras aeronaves, “todos na presença do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica e demais militares e Autoridades Civis.”

Itália vai aposentar seus caças AMX em abril. Cerimônia ocorre na base da força aérea em Istrana, norte do país. Imagem: AMI/Divulgação.
Itália vai aposentar seus caças AMX em abril. Cerimônia ocorre na base da força aérea em Istrana, norte do país. Imagem: AMI/Divulgação.

A baixa dos A-11 já havia sido confirmada em setembro de 2022 pelo Coronel Emanuele Chiadroni, então recém empossado como comandante do 51º Stormo. O oficial afirmou que os A-11 seriam aposentados em pouco tempo. “Estamos falando de pouco tempo, talvez um ano ou dois, não mais obviamente por razões logísticas”, afirmou o oficial na época ao Treviso Today

Desenvolvido na década de 1980, o AMX é resultado de um projeto bilateral entre Brasil e Itália, que uniu as fabricantes Alenia, Aermacchi e Embraer no consórcio AMX International. As empresas desenvolveram, testaram e fabricaram o jato de ataque ao solo para a AMI e a Força Aérea Brasileira.

Na Europa, o modelo entrou em serviço em 1989 e substituiu os Fiat G.91. Por aqui, começou a operar no início dos anos 1990, tomando o lugar do AT-26 Xavante nas missões de ataque ao solo e reconhecimento.

A-1AM AMX armado com quatro bombas BAFG-230. Imagem: FAB/Divulgação.
A-1 AMX da Força Aérea Brasileira carregando bombas BAFG-230. Imagem: FAB/Divulgação.

Em 2005 a Itália começou a modernização de suas aeronaves para o padrão ACOL. O Brasil também modernizou seus A-1, mas em um upgrade mais amplo que só entregou o primeiro caça atualizado em 2012. Além disso, restrições orçamentárias só permitiram a modernização de 11 dos 44 aviões previstos. 

Com cerca de 35 anos de serviço, os AMX italianos darão lugar ao Eurofighter Typhoon, caça multifunção que o 132 já opera há algum tempo. No caso da FAB, os A-1 também se aproximam da aposentadoria, prevista para ocorrer entre 2025 e 2028. 

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: A-1, AMX, ITÁLIA