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Izabel Reis: conheça a história da mulher por trás do sucesso da Azul Cargo Express

Izabel Reis Azul Cargo Express história

Em 1985, um Boeing 747, partindo de Nova Iorque, pousou em Guarulhos, inaugurando oficialmente as operações do aeroporto. A estudante Izabel Reis, que na época tinha 18 anos, encontrou um anúncio com vagas para trabalhar como agente aeroportuária no local. Ela tentou três vezes até ser selecionada. Hoje, com 39 anos de experiência no setor, ela é diretora da Azul Cargo Express, unidade de logística da Azul Linhas Aéreas.  

Izabel, filha de imigrantes portugueses que chegaram ao Brasil após o final da Segunda Guerra Mundial em busca de oportunidades, sempre foi fascinada pela aviação e sonhava em ser piloto. No entanto, esbarrou nas dificuldades impostas às mulheres naquela época. Ainda assim, ela se destacou como executiva em um ambiente frequentemente considerado masculino. “Eu precisava de um emprego que me permitisse trabalhar e estudar. Lembro que era uma vaga de seis horas, que atendia perfeitamente às minhas necessidades. Ouvi de muitas pessoas que era muito difícil entrar em empresas aéreas, então me preparei. Quando consegui, percebi que era ali que gostaria de construir minha carreira. Fui a segunda mulher a trabalhar como balanceadora na aviação brasileira, passei de agente a gerente geral de aeroportos, até chegar à diretoria da área de logística”, recorda Izabel Reis.  

  

Formada em administração de empresas turísticas, com MBA em gestão estratégica e pós-graduada em gestão de pessoas, Izabel passou 22 anos em uma companhia aérea conhecida nacionalmente antes de chegar à Azul, onde está há 14 anos. “Quando a empresa que eu atuava estava enfrentando uma falência iminente, eu fiquei preocupada. Naquela época, eu já era casada e tinha dois filhos. Sabia que precisava me preparar para as mudanças do mercado. Por isso, busquei uma pós-graduação e atuei em outras companhias aéreas até que a Azul surgiu. Enviei vários currículos e fui convidada para uma vaga de coordenadora. Eu já era gerente-geral, mas me apaixonei pelo desafio e pelo potencial transformador da Azul. Cheguei em setembro de 2009, quando a Azul operava apenas seis aeroportos. Conduzimos a construção da empresa, contratamos tripulantes e abrimos novas bases. Em 2012, com a fusão com a Trip, dobramos de tamanho, e mais uma vez foi necessário realizar um trabalho minucioso de gestão. Fazíamos de tudo: trabalhei nos manuais, nas certificações e ajudamos a criar os processos que foram a semente do que a Azul é hoje”, afirmou a executiva 

  

Mudança para a Azul Cargo Express  

Em 2018, surgiu o convite para reestruturar e liderar a área de cargas. Mais uma vez, foi necessário implementar um plano de transição que envolvia gestão de pessoas, tecnologia, reformulação de processos e infraestrutura. Para conquistar os Clientes, Isabel apostou em um modelo de negócios inovador, com serviços que naquele momento ainda não era comuns. “As empresas estavam acostumadas com aeronaves com porões grandes e na época, ainda não operávamos o A320. Colocamos a apresentação embaixo do braço e batemos porta a porta para apresentar os nossos diferenciais, a capilaridade da malha, a nossa cultura corporativa e o cuidado que temos no relacionamento com o Cliente. Esse é o nosso carro-chefe”, explicou. A executiva explica que os avanços são reflexo do apoio constante da Azul Linhas Aéreas desde o planejamento, conquista de clientes, venda, pós-venda, operação e logística.  

Em pouco tempo, as mudanças nos ajudaram a chegar no faturamento de 10 milhões por mês, com direito a comemoração entre a equipe. “Pergunto sempre o que o Cliente quer e precisa, e cada um é tratado como um projeto único. Essa é a provocação que eu faço para o meu time todos os dias”, reflete Izabel. Com a chegada do A320, começamos a ter maior capacidade de cargas nos porões. Hoje, a empresa atende mais de cem mil CNPJs. Entre janeiro e maio deste ano, a companhia transportou mais de 10,7 milhões de pacotes. De acordo com a Anac, a Azul Cargo liderou o setor de janeiro a maio de 2023 no mercado doméstico e internacional, com a entrega de 60,6 mil toneladas de carga, garantindo 14,86% de participação em todas as operações realizadas pelas empresas. Hoje, a Azul Cargo possui 37% de market share 

A estrutura liderada por Izabel conta com 700 tripulantes, 300 lojas e alcançou o marco de 5.000 cidades atendidas no território nacional. Esse número representa 90% dos municípios e uma cobertura equivalente a 96% da população.  

De acordo com a diretora, o transporte aéreo é escolhido por sua segurança, agilidade e acompanhamento da carga. “Quando o Cliente chega até nós, ele não está buscando destinos de fácil acesso pelo transporte rodoviário, como Rio de Janeiro ou Belo Horizonte. Ele quer alcançar locais onde existem os maiores desafios de infraestrutura. Estão ambicionando chegar a cada vez mais destinos e cada vez mais rápido, no Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, explica Izabel 

Em 2020, a pandemia atingiu o setor aéreo, que precisou se reorganizar rapidamente em resposta à paralisação. “John Rodgerson, CEO da Azul, colocou a mão no meu ombro e me disse: ‘você tem mais de 150 aviões disponíveis para uso como carga'”, contou Izabel. A partir desse momento, a equipe da Azul Cargo planejou um pipeline do que poderia ser transportado: insumos, vacinas, oxigênio para hospitais, além de experimentar crescimento no setor de e-commerce. Tudo isso foi realizado usando as aeronaves cargueiras e também aquelas que, anteriormente, eram usadas exclusivamente no transporte de Clientes regulares. A empresa até realizou um voo inédito para a China para trazer 400 respiradores e 1,6 milhão de testes rápidos.  

ParaIzabel, o sucesso e o crescimento da Azul Cargo Express não estão apenas ligados à eficiência logística, mas também à gestão de pessoas. Ela vê como meta a formação de um time diverso, composto por indivíduos com diferentes pontos de vista. “O nosso engajamento é muito especial, e essa convicção vem de dentro de mim. Eu precisei provar meu valor muitas vezes. Quando engravidei, a cultura corporativa era outra e senti medo de ser substituída. Hoje, incentivo as mulheres do meu time que desejam ter filhos a seguir esse caminho. Aprendi com a minha família que cada um de nós tem uma personalidade única, que precisamos sempre apoiar uns aos outros e estar abertos às mudanças. A adaptação é uma necessidade constante”, afirmou. 

 

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Via: Azul 

 

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