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NASA lança pela primeira vez nas próximas horas foguete SLS, que visitará a Lua

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No próximo dia 29 de agosto a NASA fará seu primeiro lançamento do foguete SLS, abrindo o período de desenvolvimento em voo da missão Artemis, que tem como meta voar novamente para a Lua. 

A missão Artemis I é um teste de voo sem tripulação, o primeiro de uma série de missões cada vez mais complexas para a Lua. A meta da NASA é até 2024 colocar um homem novamente na Lua, sendo que em 2023 a missão Artemis II fará um voo orbital lunar com astronautas.

Desde 2021 a NASA realiza testes com o foguete SLS para a missão Artemis I, nos últimos dias o foguete foi posicionado em sua base de lançamento, o histórico PAD 39B do Kennedy Space Center, local responsável por transportar astronautas nos programas Apollo e Space Shuttle.

Nesta missão a meta da NASA é coletar o máximo possível de dados com um voo que orbitará a Terra e a Lua, com previsão para retornar ao planeta Terra em 10 de outubro, se o lançamento ocorrer nesta segunda-feira (29).

Por seis dias, a cápsula Orion orbitará o satélite natural do nosso planeta, a Lua, antes de retornar para uma órbita na Terra completando os 42 dias de missão científica.

Cápsula Orion passará a 100 km de distância da Lua. Foto: Boeing Space/Divulgação

Para a agência não dizer que está despejando combustível sem total propósito, o foguete carrega também 13 satélites de pequeno porte experimentais, produzidos por universidades do país, e a cápsula subirá ao espaço com experimentos científicos.

A cobertura ao vivo das operações de tanques começará à meia-noite desta segunda-feira nos canais da NASA no Youtube e Twitch, no site da agência e no aplicativo da NASA. A cobertura completa do lançamento começa às 6h30 EDT, aproximadamente às 07h30 no horário de Brasília (GMT -3), e o lançamento está marcado para ocorrer entre às 09h30 e 11h30, também horário de Brasília.

 

Últimos preparativos antes do lançamento

Na noite deste último sábado (27) engenheiros avaliaram possíveis dados de relâmpagos no sistema de proteção contra raios na plataforma de lançamento 39B. Eles confirmaram que as descargas foram de baixa magnitude e não tiveram impactos no Sistema de Lançamento Espacial, na cápsula Orion ou nos sistemas terrestres. 

As equipes da NASA durante a noite também energizaram o estágio principal do foguete do Sistema de Lançamento Espacial, carregaram as baterias da cápsula Orion e do estágio principal e realizaram os preparativos finais do lançamento.

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Foto: NASA/Joel Kowsky

Neste domingo os trabalhos continua, com a ativação do estágio provisório de propulsão criogênica, e realizando verificações planejadas nos sistemas da cápsula Orion.

Meteorologistas da Força Espacial dos EUA preveem uma chance de 80% de condições climáticas favoráveis ​​no início da janela de lançamento, nesta segunda-feira.

A principal preocupação climática para a janela de lançamento de duas horas continua sendo as chuvas dispersas. 

 

O projeto do SLS que durou vários anos sem voar

Esse projeto da NASA custa cerca de U$ 2,5 bilhões ao ano e vem ganhado mais investimento e testes. O SLS deveria ser o substituto do Space Shuttle, juntamente coma  capacidade do Saturn V de fazer missões interplanetárias, no entanto, ocorreram diversos atrasos no desenvolvimento.

O motor RS-25 equipa o estágio central do Sistema de Lançamento Espacial da NASA (SLS), o novo foguete de grande porte da NASA. No total são quatro motores nesse estágio, marcando o maior e mais potente estágio central já construído, quando consideramos o conceito de uso de boosters, aproveitados do lançador do Space Shuttle, durante o lançamento.

O Space Shuttle também era equipado com motores RS-25, mas sem toda a potência de queima e com a duração do estágio central do SLS, que fornece um tanque de combustível maior.

O estágio central usado no primeiro voo está sendo montado por enquanto, ele tem a altura de um prédio com mais de 20 andares e capacidade para levar mais de 2 milhões e 600 mil litros de combustível, o RS-25 usa somente LOX (Oxigênio Líquido) e LH (Hidrogênio Líquido) para a propulsão, essa é uma das formas de propulsão mais eficiente do mundo, com nenhuma geração de resíduos e grande poder de explosão.

Além de carregar todo esse combustível o estágio central ainda tem um espaço para os motores e seus sistemas subjacentes, como as turbo-bombas e os computadores. Quem está sendo responsável por construir isso é a Boeing, que usa um robô para soldar as partes.

A estrutura laranja contém parte do estágio central do SLS. A altura está indicada em pés.

Vale lembrar que o SLS usa o mesmo conceito de foguetes como o lançador do Space Shuttle e o Delta IV Heavy, com dois booster de propelente sólido nas laterais. Esses boosters incrementam a aceleração inicial do foguete, quando todo o peso precisa vencer a força gravitacional, já que o propelente sólido oferece uma queima poderosa e rápida. Na foto acima podemos localizar o SRB através da estrutura lateral na cor branca.

 

Foguete que enviará homens para a Lua

O foguete Starship da SpaceX foi selecionado pela NASA para participar do programa Artemis, que tem como foco enviar humanos novamente para a Lua.

Dentro do programa Artemis será o primeiro da NASA com foco em levar humanos até a Lua desde o programa Apollo, da década de 60/70. O foguete da SpaceX será o primeiro a levar humanos para a Lua após o Saturn V, de acordo com a empresa.

Starship SpaceX

Ao mesmo tempo a NASA disse que continua o desenvolvimento do SLS, seu novo foguete que na realidade tem como base os propulsores utilizados no programa do Space Shuttle.

O foguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) da NASA lançará quatro astronautas a bordo da espaçonave Orion para sua jornada de vários dias na órbita lunar. Lá, dois membros da tripulação serão transferidos para o sistema de pouso humano (HLS) da SpaceX para a etapa final de sua jornada à superfície da lua.

Ou seja, o foguete da SpaceX que será efetivamente utilizado para pousar na Lua.

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Ilustração do projeto do módulo de pouso humano da SpaceX Starship que transportará os astronautas da NASA para a superfície da Lua durante a missão Artemis.

Após aproximadamente uma semana explorando a superfície, eles embarcarão no módulo de pouso para sua curta viagem de volta à órbita, de onde retornarão a Orion, da NASA, juntamente com outros astronautas, antes de retornar à Terra.

O esquema utilizando módulos de pouso e navegação é bem semelhante ao Programa Apollo, porém, agora há dois foguetes envolvidos em cada missão.

O contrato de desenvolvimento do Starship sob o programa Artemis tem um valor total de US$ 2,89 bilhões, e foi assinado recentemente entre a agência e a SpaceX.

A Força Aérea dos EUA também está interessada em lançamentos com o Starship, assim como a SpaceX planeja utilizar o foguete para, inicialmente, colocar os satélites Starlink de 2ª geração em órbita. Mandar homens para Marte é um buraco mais embaixo para Elon Musk.

 

 

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