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OTAN escolhe o Boeing E-7 como seu novo avião-radar

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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) anunciou nesta quarta-feira (15) o Boeing E-7 Wedgetail como seu novo avião de alerta antecipado e controle (AEW&C). O novo avião-radar vai substituir os veteranos E-3 Sentry AWACS a partir da próxima década. 

Seis E-7 foram encomendados pela aliança militar liderada pelos Estados Unidos como parte do programa de Vigilância e Controle Futuro da Aliança (AFSC). A produção dos novos aviões-radar deve começar nos próximos anos e a expectativa é de que a primeira aeronave esteja operacional em 2031.

Antigos E-3 Sentry da OTAN darão baixa a partir de 2035. Foto: OTAN.
Antigos E-3 Sentry da OTAN darão baixa a partir de 2035. Foto: OTAN.

A aquisição, uma das maiores da história da OTAN, foi aprovada neste mês por um consórcio formado pela Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Romênia e EUA. Segundo a Agência de Apoio e Aquisições da OTAN, o E-7 é o único sistema conhecido atualmente capaz de cumprir as tarefas operacionais essenciais dos comandos estratégicos.

“As aeronaves de vigilância e controle são cruciais para a defesa coletiva da OTAN”, afirmou o Secretário-Geral da aliança, Jens Stoltenberg. “Ao reunir recursos, os Aliados podem comprar e operar coletivamente ativos importantes que seriam caros demais para serem adquiridos individualmente. Este investimento em tecnologia de ponta mostra a força da cooperação transatlântica em defesa à medida que continuamos a nos adaptar um mundo mais instável”.

Convertido do 737-700 Next-Generation, o E-7 já é operado pelas forças aéreas da Austrália, Turquia e Coreia do Sul. Eles tomarão o lugar de 14 E-3A AWACS operados pela Força de Alerta Antecipado e Controle da OTAN. Os E-3 são antigos 707 adaptados para a função e operam a partir da Alemanha por tripulações de vários países da aliança.

Boeing E-7 da Força Aérea da Coreia do Sul. Foto ROKAF.
Avião-radar E-7A da Força Aérea da Coreia do Sul. Foto ROKAF.

À medida que os anos avançam, os antigos E-3 já mostram os sinais da idade. A própria Força Aérea dos EUA também comprou o Boeing E-7 para substituir seus E-3. Na OTAN, eles devem dar baixa a partir de 2035. 

O E-7 pode rastrear múltiplas ameaças aéreas e marítimas simultaneamente, com cobertura de 360 ​​graus através do radar MESA (Multi-role Electronically Scanned Array), fabricado pela Northrop Grumman. Capaz de rastrear 180 alvos e conduzir 24 interceptações simultaneamente, o MESA fornece consciência de domínio crítico para detectar e identificar alvos adversários a longa distância, ajustando-se dinamicamente às situações táticas emergentes, além de poder ser usado em missões de inteligência eletrônica e de sinais. 

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Boeing, E-3, E-7, OTAN, usaexport