Após a OTAN ser colocada pela primeira vez em nível de alerta máximo, e montar uma operação especial no leste europeu, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou neste domingo (27) que colocou em alerta máximo as forças de armas nucleares da Rússia.

A clara ameaça ao ocidente de Putin reverberou no ocidente com maior rigor de todos os países, até os considerados mais neutros como Portugal. Sanções adicionais foram anunciadas, o espaço aéreo europeu foi totalmente fechado para aviões russos e mais ajuda em forma de armas e mantimentos foi liberada para a Ucrânia. 

“Autoridades dos EUA não duvidam dos relatos de que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou as forças de dissuasão nuclear da Rússia em alerta máximo”, disse um alto funcionário da defesa dos Estados Unidos em uma coletiva de imprensa neste domingo.

“O presidente Putin continua a escalar esta guerra de uma maneira totalmente inaceitável e temos que continuar a conter suas ações da maneira mais forte possível”, disse a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield.

Atualmente somente cinco países têm autorização para o porte de armas nucleares no mundo. Estas são lançadas normalmente através de bombardeiros, mísseis intercontinentais ou de curto alcance, ou de caça-bombardeiros, como no caso do novo míssil hipersônico russo Kinzhal.

“Como você pode ver, não só os países ocidentais tomam medidas hostis contra nosso país na dimensão econômica – quero dizer as sanções ilegais que todos conhecem muito bem – mas também os altos funcionários dos principais países da OTAN se permitem fazer declarações agressivas com respeito ao nosso país”, disse Putin na televisão estatal.

Os Estados Unidos minimizaram as falas de Putin, e disseram que o país sempre trabalha com a retórica de mais armas para “colocar medo ao mundo”. O sistema de armamento nuclear dos EUA não foi colocado em alerta, o país continua trabalhando com um diálogo de resolver o conflito de forma pacífica, enquanto ajudam a Ucrânia.