A RYANAIR encontrou peças suspeitas de falsificação nos motores de seus aviões – tornando-se a última companhia aérea a se envolver em uma crise crescente.

A transportadora de baixo custo revelou que encontrou peças supostamente defeituosas em dois de seus aviões enquanto eles eram verificados no Texas e no Brasil.

O presidente-executivo da empresa, Michael O’Leary, disse que as peças – que se acredita terem vindo da empresa londrina AOG Technics – foram removidas.

Em Outubro foi revelado que a indústria aérea britânica estava a verificando freneticamente os seus aviões depois de a AOG Technics ter sido acusada de fornecer componentes com certificados de segurança falsos.

A Ryanair é a última companhia aérea a ser apanhada no escândalo – com Delta Air Lines, American Airlines e Southwest Airlines já tendo encontrado peças suspeitas.

O CEO da empresa, Sr. O’Leary, disse à Bloomberg que a empresa nunca negociou com a AOG, mas obteve as peças para dois motores de terceiros.

Ele disse que a empresa encontrou os componentes depois de ser instada a verificar seus aviões quando as acusações em torno da AOG começaram a surgir.

O’Leary acrescentou que a Ryanair “não foi afetada em grande parte” pela crise.

A AOG Technics Ltd foi colocada sob o microscópio pelos reguladores depois de supostamente permitir que modelos Airbus A320 e Boeing 737 decolassem com peças de motor falsas.

A Autoridade de Aviação Civil (CAA) confirmou em outubro que as companhias aéreas do Reino Unido compraram – e voaram com – peças compradas da empresa.

A CAA disse na época: “Podemos confirmar que somos uma entre várias organizações que estão investigando isso, mas não podemos comentar mais sobre as investigações em andamento”.

A autoridade instou então as companhias aéreas a examinarem os seus registos, acrescentando: “Para cada peça obtida, contacte a organização aprovada identificada nos ARC [certificados de aeronavegabilidade] para verificar a origem do certificado”, acrescentaram.

“Se a organização aprovada atestar que o ARC não é originário dessa organização, todas as partes afetadas devem ser colocadas em quarentena para evitar a instalação.

“Se for encontrada uma peça com ARC falsificado que já tenha sido instalado, ela deverá ser substituída por uma peça aprovada.”

A Aviacionline informou que a AOG supostamente forneceu organizações falsas em seus certificados de aeronavegabilidade.

Isto foi investigado pela Agência de Segurança da Aviação da União Europeia  (EASA).

A AOG está agora sendo julgada perante o Supremo Tribunal de Londres .

Durante uma audiência em outubro, a empresa não fez comentários sobre os alegados certificados de segurança falsificados.

O juiz Richard Meade ordenou que a empresa e seu único diretor, Jose Zamora Yrala, divulgassem todos os documentos relativos a centenas de compras e remessas.

Os advogados que representam a AOG Technics e Zamora Yrala afirmaram que os réus estão cooperando com as investigações.

Via The Sun

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