A Saab anunciou hoje (19) que recebeu um contrato para a manutenção dos caças JAS-39 Gripen da África do Sul. A notícia vem semanas depois do primeiro voo de um JAS-39 sul-africano desde que a frota inteira foi aterrada por falta de manutenção em agosto de 2021. 

Segundo o comunicado, a companhia recebeu um contrato avaliado em US$ 30,8 milhões, com duração de três anos, para “serviços, reparos e manutenção, bem como pequenas atualizações dos sistemas de suporte e treinamento do sistema Gripen das Forças Aéreas da África do Sul.”

“Estou muito feliz e satisfeita por termos chegado a um acordo para um novo contrato de suporte, para que possamos da melhor maneira apoiar nossos clientes em suas necessidades operacionais”, diz Åsa Schöllin, chefe da unidade de negócios Gripen da Saab Sustentável.

A África do Sul se tornou em 2008 a primeira cliente de exportação para o Gripen C/D, que hoje também é usado na Tailândia, Hungria e República Tcheca. No entanto, cortes no orçamento de defesa local levaram à suspensão dos voos dos jatos da SAAF em 2021. 

Conforme noticiado anteriormente, há duas semanas o JAS-39C 3918 se tornou o primeiro Gripen sul-africano a voar em pouco mais de 12 meses. 

As aeronaves estavam paradas desde meados de agosto do ano passado por estarem sem a devida manutenção. Os contratos entre a África do Sul, a companhia britânica GKN e a fabricante SAAB expiraram em 2021. A falta de dinheiro não permitiu que a Força Aérea Sul-Africana renovasse os contratos. O problema também afeta outras aeronaves do país, como os helicópteros Puma/Oryx, cargueiros C-130 e os jatos de treinamento Hawk. 

A situação dos Gripens parece estar resolvida, mas apenas parcialmente. Darren Olivier, do portal sul-africano African Defence Review, disse que a SAAF e a Armscor –  agência de compras militares do país – finalmente assinaram um contrato de três anos cobrindo 13 dos 26 aviões (17 Gripen C e nove Gripen D biplaces).