Pelo menos 25 aviões da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) entraram na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan na última segunda-feira (12), informou o governo.
A incursão com 14 caças J-16, quatro caças J-10, quatro bombardeiros H-6K, dois aviões anti-submarino e um avião de alerta aéreo antecipado é a maior até o momento, superando a de 20 aeronaves realizada em março. Os H-6, versão chinesa do Tu-16 Badger soviético, podem carregar armamento nuclear.
Segundo a Reuters, embora não tenha havido nenhum comentário imediato de Pequim, a notícia chega depois que o Departamento de Estado dos EUA divulgou na sexta-feira novas diretrizes que permitirão às autoridades americanas se encontrarem mais livremente com as autoridades taiwanesas, aprofundando ainda mais os laços com Taipei.
A ilha que a China reclama ser sua há décadas tem reportado inúmeros voos de aeronaves militares chinesas em sua ADIZ praticamente toda semana. Aeronaves de caça, bombardeiros, patrulha marítima, reconhecimento e guerra eletrônica tem realizado diversas incursões na zona.
O Ministério da Defesa de Taiwan acrescentou que aeronaves de combate foram despachadas para interceptar e alertar as aeronaves chinesas, enquanto sistemas de mísseis também foram implantados para monitorá-los. Todas as aeronaves chinesas voaram em uma área próxima às Ilhas Pratas, de acordo com um mapa fornecido pelo governo.
No passado, a China descreveu tais missões como sendo para proteger a soberania do país e lidar com o “conluio” entre Taipei e Washington. Os Estados Unidos, que como a maioria dos países não têm laços diplomáticos formais com Taiwan, observaram com alarme o aumento das tensões com Pequim.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse no domingo que os Estados Unidos estão preocupados com as ações agressivas da China contra Taiwan e alertou que seria um “grave erro” alguém tentar mudar o status quo no Pacífico Ocidental pela força.
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