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Fuselagens do 737 MAX começam a ocupar espaço em pátio de fornecedora da Boeing

Anteriormente aeronaves Boeing 737 MAX estavam se acumulando nos pátios das unidades da Boeing nos Estados Unidos, mas agora com a paralisação da produção, as fornecedoras do 737 MAX estão enfrentando um outro problema, a estocagem dos componentes.

Fotos do Paul Wigley, da Reuters, mostraram que o pátio da Spirit Aerosystems, em Wichita (Kansas), está com várias fuselagens do 737 MAX estocadas, aguardando a entrega para a Boeing. A quantidade é listada por especialistas como acima do normal.

Provavelmente essas fuselagens serão entregues somente quando a produção do 737 MAX retomar ao modo normal, visto a falta de espaço na unidade da Boeing em Renton (WA), local onde a fabricante norte-americana realiza a montagem final do MAX.

A Spirit Aerosystems, uma grande fornecedora de componentes estruturais do 737 MAX, vai se reunir com sindicatos para oferecer um plano de férias prolongadas.

A Boeing decidiu na segunda-feira suspender a produção do jato 737 MAX a partir de janeiro, a maior interrupção em linha de produção da companhia em mais de 20 anos, pressionada pelos impactos da queda de dois aviões do modelo que foi impedido de voar no mundo este ano.

Apesar da decisão, a empresa deverá continuar queimando caixa enquanto deixa sua força de trabalho intacta e provavelmente terá de dar suporte a fornecedores, afirmaram analistas. Alguns deles estimaram a queima de caixa em cerca de 1 bilhão de dólares por mês.

O prazo no momento é que a FAA aprove o 737 MAX em fevereiro, e atualizar as mais de 400 aeronaves que a Boeing já fabricou levará cerca de 3 a 4 meses. Já a Boeing ainda deve se comprometer a atualizar mais 370 aeronaves, que estão em uso nas companhias aéreas que já receberam o 737 MAX.

Boeing 737 MAX saindo da linha de produção. Foto – Boeing/Reprodução

Mesmo que uma nova certificação do 737 MAX seja emitida em fevereiro, a Boeing demoraria pelo menos um mês para retomar a produção da aeronave, visto que precisaria fabricar novos componentes através das fornecedoras terceirizadas, e estes, transportados até a linha de produção.

Logo a paralisação da produção deve perdurar por pelo menos três meses.

Mesmo que retome a produção, a taxa de aeronaves que saem dos hangares a cada mês deve ser baixa inicialmente, até o pico de 52 aviões ser atingido até o final de 2020.

O Boeing 737 MAX está impossibilitado de voar desde março, quando um acidente da Ethiopian Airlines despertou suspeitas sobre um erro de engenharia na aeronave, outro acidente anterior, com uma aeronave da Lion Air e características semelhantes, já tinha despertado os olhares das autoridades para o 737 MAX.

 

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Aeronaves, Notícias

Tags: 737, 737-MAX, Boeing