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Após 1º trimestre ruim, companhias aéreas dos EUA preveem lucros para o restante do ano de 2022

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O primeiro trimestre de 2022 não foi bom para as companhias aéreas dos EUA, o cenário da pandemia com a variante Ômicron causou impactos nas viagens nacionais e internacionais. A variação do dólar também foi um fator que contribuiu para o rendimento a baixo do esperado.

Apesar de tudo isso ainda no primeiro trimestre de 2022, as companhias aéreas estão esperançosas com o restante do ano e preveem meses de lucro. Com a vacinação sendo cada vez mais aplicada, as restrições de viagens em relação ao Covid-19 estão sendo reduzidas cada vez mais.

Isso permite que as companhias aéreas possam retomar a capacidade semelhante a de 2019, mas ainda um pouco longe dos números daquele ano. 

Quatro das principais companhias aéreas dos EUA estão com pensamentos semelhantes quanto o restante do ano.

A American Airlines registrou prejuízo de US$ 1,64 bilhão no primeiro trimestre, maior do que o mesmo período em 2021. Apesar disso, a receita da companhia teve alta de 122%, de US$ 8,9 bilhões.

Em declaração na divulgação dos resultados na última semana, o CEO Robert Isom disse que a demanda está sendo retomada com força. O cenário de alta também é percebido pelos executivos da Delta e da United.

A United Airlines registrou prejuízo de US$ 1,4 bilhão, mas assim como a American registrou alta na receita. A United teve sua receita dobrada nesse primeiro trimestre, atingindo US$ 7,6 bilhões.

“O ambiente de demanda é o mais forte dos meus 30 anos no setor – e a United e seus clientes se beneficiarão mais do que qualquer outra companhia aérea. Agora estamos vendo evidências claras de que o segundo trimestre será um ponto de inflexão histórico para nossos negócios. Isso me deixa mais otimista do que nunca sobre o futuro do United”, disse Scott Kirby, CEO da companhia.

Já a Delta, teve prejuízo um pouco menor em relação as outras companhias, tendo registrado US$ 793 milhões no primeiro trimestre de 2022. Porém a receita também foi de alta, sendo a maior entre as três companhias, US$ 9,3 bilhões.

“Com uma forte recuperação da demanda conforme a variante ômicron retrocedeu, voltamos à lucratividade no mês de março, produzindo uma sólida margem operacional ajustada de quase 10%.”

“À medida em que a preferência por nossa marca e a força da demanda crescem, estamos nos recuperando com sucesso em relação aos preços mais altos do combustível, impulsionando nossa perspectiva de uma margem operacional ajustada para entre 12% e 14% e com um forte fluxo de caixa livre no segundo trimestre deste ano”, disse o CEO da Delta, Ed Bastian

A Alaska Airlines informou que seu prejuízo no primeiro trimestre do ano foi de US$ 143 milhões. Em proporção menor em relação as outras companhias mas seguindo a mesma tendência, a Alaska registrou alta nas receitas com US$ 1,68 bilhão, cerca de 10% a menos em relação a 2019.

A companhia aérea disse que suas estimativas para o crescimento da receita nos próximos meses deverão ser entre 5% e 8% maior até mesmo relação aos números de 2019.

Quais as razões para grandes expectativas?

Delta Airlines
Foto: Delta Air Lines/Divulgação.

O primeiro e talvez um dos maiores importantes é o controle da pandemia. A vacinação refletiu diretamente no número de mortes que estão caindo, e com isso os países retiram restrições mais exigentes para viajantes internacionais.

Apesar do aumento no valor dos combustíveis, também em razão da guerra da Rússia com a Ucrânia, as companhias aéreas registraram aumento no valor médio da passagem, e o resultado foi positivo.

Com as passagens um pouco mais caras para que as companhias conseguissem compensar a alta dos combustíveis, tanto passageiros em viagens de lazer como passageiros a viagens de negócios não deixaram de viajar, a grande alta de receita foi impulsionada pelo aumento no volume de passageiros em março.

Junto a isso, as companhias aéreas norte-americanas também realizaram contratações já visando o verão, época que as viagens tendem a aumentar ainda mais. A fatal de funcionários, infectados principalmente com Covid-19, foi um ponto baixo no primeiro trimestre.

Os cidadãos americanos estão engajados em realizar viagens que não eram possíveis em razão da pandemia com números altos de casos e mortes.   

Enxergando uma demanda ainda mais forte, as companhias dos EUA estão se preparando para ampliar suas capacidades com novas aeronaves. Mesmo com alguns atrasos como no caso da American em relação ao Boeing 787, há uma grande disponibilidade de aeronaves para suprir a demanda em alta.

 

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