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Beechcraft Baron – história e curiosidades e vendas na Aeroflap

Beechcraft Baron a venda

Se você tem, já teve, ou terá um Beechcraft Baron; ou, você que pilota um; é imprescindível que leia esse artigo até o fim, pois, temos certeza que trazemos curiosidades que poucos conhecem, e que marcam a história e a característica dessa família de bimotor a pistão da Beechcraft, que marcou gerações da aviação, com números impressionantes de entregas ao longo da história, como pode ver no quadro abaixo.

Baron

Inclusive, no Brasil, veja a quantidade de aeronaves que já passou pelo Registro Aeronáutico Brasileiro – RAB.

Baron

Agora, filtrando as aeronaves que se encontram em condições normais de voo, continuamos tendo uma boa colocação de Baron, no Brasil.

Baron

Contudo, deixa claro que se trata de um modelo de avião com liquidez de venda/revenda no país, até mesmo por ser o “queridinho” do agronegócio.

Enfim, nesse artigo, não vamos ser muito específicos na história, abordando-a de forma mais resumida, no entanto, destacamos maior atenção para as curiosidades, principalmente àquelas que interessam para quem procura uma das variantes dessa família, até mesmo porquê nós, da Aeroflap, temos nove opções de Baron para venda, desde um B55 de 1973 até um G58 de 2013.

Não deixe de ler o tópico sobre “PONTOS IMPORTANTES ANTES DE SE COMPRAR UM”, o qual traz fatores importantes para se considerar, ao analisar as opções disponíveis e também um comparativo de custos médios com manutenção, por ano.

Bom, vamos lá…

HISTÓRIA

O que quase todos sabem é que o Baron é uma aeronave leve, equipada com dois motores a pistão, desenhada e produzida pela Beechcraft, introduzida em 1961 – isso mesmo, é um projeto tão confiável que hoje possui 62 anos!

Basicamente, o modelo foi criado como uma das criações do Dr. Frankenstein (rs), porque veio da mesma plataforma do antigo Travel Air, o Beechcraft 95 (ver imagem 1), que já trazia a fuselagem do Bonanza 35 (ver imagem 2), mas, com a empenagem do Debonair 33 (ver imagem 3).

Antigo Beechcraft 95 Travel Air

Antigo Beechcraft 95 Travel Air

Veja que o Travel Air é exatamente conforme conhecemos do Baron, hoje, porém com uma empenagem mais “enflechada” do Debonair 33 e A33, o que melhorou sua controlabilidade e também eficiência.

Bonanza N35

Bonanza N35

Debonair A33

à venda

Interessante mencionar que naquela época, mais especificamente em 1960, a Piper havia lançado o Aztec com dois motores de 250hp. Enquanto isso, a Cessna melhorou seu 310, reequipando o modelo com motores de 260hp. É evidente que a Beech não podia ficar atrás, e decidiu pela instalação dos motores IO-470-L em seus primeiros Baron, o 55.

A família Baron trouxe três variantes: o Baron 55, Baron 56 e o Baron 58, e várias outras subvariantes, cada.

Imagem 4 – Baron B55

Baron B55

Começando com o 55, a Beechcraft produziu o 55, A55, B55, C55, D55 e o E55. Basicamente, os três primeiros vinham com os motores de 260hp, enquanto que os três últimos, tinham motores de 285hp. Evidentemente que as versões eram criadas com melhorias e na intenção de substituir a produção da anterior, com exceção do B55 que teve entregas ativas até o fim da linha 55, como uma opção mais barata do Baron.

Quanto a configuração interna, os 55 eram vendidos com quatro assentos, como itens de série. A partir do A55, a quinta e sexta poltronas eram vendidas como opcionais.

No entanto, não parece uma boa estratégia, o uso dessa terceira fileira de poltrona, já que não tem como um passageiro afrente acessar internamente as últimas poltronas, além de haver uma pequena porta de entrada.

Além de tudo isso, mais um problema: quando não há carga no bagageiro de nariz, a aeronave com os seis ocupantes tende a exceder o limite traseiro do CG (centro de gravidade). Contudo, a maioria dos proprietários acabam decidindo por usar aquele espaço como um segundo bagageiro.

Em 1974, todos os Baron eram produzidos com tanques interligados, por asa, e um novo desenho na seletora de combustível com somente três posições, “on”, “off”, “crossfeed”. Ainda no mesmo ano, os E55 passaram a ter tanques auxiliares.

Por fim, os “55” foram produzidos entre 1961 e 1982, tendo 3.651 unidades fabricadas. Atualmente, os melhores para compra, dessa variante, são:

  • O B55, com nariz mais curto e motores mais econômicos, de 260hp; e,
  • O E55, com maior volume de bagageiro de nariz e motores mais potentes, de 285hp e maior alcance de voo.

Durante a produção do C55, a Beechcraft iniciava o projeto de uma nova família de aviões bimotores a pistão, porém muito mais velozes e pressurizados, o modelo Duke, que teriam que ser equipados com motores Lycoming de 380hp.  Só que pra ter o projeto validado, a Beech precisava testar os motores em voos. Foi com isso que a fabricante teve a brilhante ideia de instalar esses motores num Baron C55, lançando o Baron 56TC, sendo o Beechcraft mais rápido, rivalizando até mesmo com os King Air.

Imagem 5 – Baron 56TC

Baron 56TC

Os resultados bateram exatamente conforme planejado, e possibilitaram o desenvolvimento do Duke, mas, infelizmente, tornou o 56TC inviável, principalmente pelo excessivo barulho e baixa capacidade de carga útil, já que teve sua estrutura fortificada para aguentar a potência excessiva.

Tanto o 56TC, quanto o A56TC, tiveram 93 entregas, tendo sua produção iniciada em 1967, porém, finalizada em 1971.

Enfim, durante a produção do D55 e do 56TC, a Beechcraft introduziu o modelo 58 em 1969, que trouxe uma cabine cerca de 25cm de comprimento a mais, duas portas de entrada de passageiros, assento na configuração “club seat” e um desenho de nariz mais alongado e aerodinâmico, o que foi utilizado também no Baron E55, aquele cujo valor de compra era maior dos 55. Uma outra curiosidade, é que a fuselagem do 58 foi reposicionada afrente da asa, para permitir um limite traseiro de CG maior (lembra daquela polêmica do quinto e sexto assento do 55, mencionado acima?)

Imagem 6 – Baron 58

Baron 58

Em 1976, uma versão turboalimentada (58TC) foi introduzida, junto com outra versão, pressurizada (58P). Após poucas unidades entregas, as versões foram desativadas em 1984 e 1985, respectivamente.

Em 1984, o desenho do painel de instrumentos foi alterado, eliminando aquela grande coluna central do manche, trazendo mais espaço para os instrumentos e switches do painel, e realocando o pedestal de manetes numa posição mais cômoda para os tripulantes.

Em 2005, o Beechcraft G58 é lançado, com um painel Garmin G1000, entregando a possibilidade de voo tanto em pistas não pavimentadas, quanto em aeroportos super movimentados, como é o caso de Guarulhos, por exemplo.

Por fim, as melhores opções de compra são:

  • Baron 58 a partir de 1984, se quiser menor preço de compra e painel atualizado;
  • Baron G58, caso o orçamento esteja mais flexível de compra.

PONTOS DE ATENÇÃO AO COMPRAR UM

De todas as tarefas de manutenção de um Baron, além da revisão geral de motores, os itens mais caros são:

Tarefa de manutenção

Periodicidade

Valor aproximado

Revisão de hélices

6 anos

R$ 6.500,00/cada hélice

Revisão de governadores de hélice

12 anos

R$ 5.000,00/cada governador

Inspeção de alternadores

500 horas

R$ 1.000,00/cada alternador

Inspeção dos 4 magnetos

500 horas

R$ 1.000,00/cada magneto

Troca escovas de trem de pouso

500 horas

R$ 2.500,00

Troca terminal da bequilha

2.000 horas

R$ 8.000,00

Troca parafusos de asas

15 anos

R$ 16.000,00

 

Ressaltamos que os valores das tarefas são aproximados, enquanto que a periodicidade é conforme estabelecido no manual de manutenção.

O próximo item que merece atenção, é o trem de pouso, sua atual condição e suas respectivas revisões. Veja nas tabelas abaixo, que a maior ocorrência de acidentes, incidentes graves e incidentes de 2012 até 2023 com os Baron, ocorreram devido a alguma falha com o trem de pouso ou simplesmente esquecimento do piloto, conforme dados disponibilizados pelo CENIPA.

Beechcraft Baron

Baron

Ainda sobre o quadro acima, o próprio CENIPA emite várias recomendações do Baron 58, acerca da realização de checklists operacionais pelos pilotos, a fim de assegurar o correto manuseio do trem de pouso.

Quanto aos motores, historicamente os IO-470 parecem ser um motor “bulletproof”, apesar de alguns proprietários e também alguns “Service Difficulty Reports” mencionarem alguns problemas com cilindros.

No entanto, os IO-520 no início, tiveram alguns problemas, principalmente com trincas no bloco, até a Continental trocar o material por um mais resistente, porém, mais pesado. Mesmo assim, trincas continuaram a existir, mesmo num número menor. Portanto, numa pré-compra, deve-se atentar a este tema.

Para os Baron 55, 56TC e 58, há uma diretriz de aeronavegabilidade, n° 90-8-14, a qual instrui sobre a inspeção de trincas na longarina frontal da asa, portanto, exigindo atenção, quanto a sua aplicabilidade.

Por fim, veja no quadro abaixo, a média de gastos com manutenção por ano de alguns produtos REAIS que temos disponíveis para venda, em nosso portfólio, com exceção de um G58 de 2023 que foi inserido somente para fins de comparação.

Beechcraft valores à venda

Ressaltamos que os produtos mencionados acima são reais e podem ser consultados por meio do e-mail [email protected] Inclusive, apontamos para a variação de preço de aquisição dos Baron que temos à venda, entre R$ 1.500.000,00 até R$ 7.000.000,00.

Não hesite em nos contatar para qualquer dúvida. Ou, caso interesse em alguma aeronave à venda, também podemos prestar o serviço de consultoria de compra a um valor fixo, pré-determinado.

 

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Rafael Payão

Autor: Rafael Payão

Analista do mercado de aviação executiva da Aeroflap. Consultor de vendas e compras de aerovanes da Aeroflap. É piloto (PLA) com mais de 3000 horas voo, formado bacharel em Aviação Civil pela UAM e pós graduado em engenharia de manutenção aeronáutica pela PUC-MG.

Categorias: Artigos, Aviação Geral

Tags: Baron, usaexport