Em sua mais recente declaração, David Calhoun, CEO da Boeing, disse que o fabricante poderá nos próximos anos anunciar uma variante do 787 Dreamliner voltado para operações exclusivas de cargas.
Contudo, um dos principais motivos da aposta do 787 cargueiro é o fato de tanto o 767F quanto 777F de geração anterior encerrarem a sua produção até meados de 2027 por conta das normas de emissão de gás carbônico, necessitando de aeronaves menos poluentes e eficientes, como no caso do 787 mais o 777X.
“Sabemos que há valor nele (787F), mas vamos acelerar todos os nossos desenvolvimentos de cargueiros. Temos um 777 em desenvolvimento e mercado aquecido para o 767”, disse David Calhoun ao portal Simple Flying.
Apesar do otimismo para a produção do 787F, existem ressalvas para a adaptação do modelo, isso porque a fuselagem de fibra de carbono pode se tornar uma barreira para a instalação e reforço de portas maiores de cargas.
Historicamente, praticamente todos os modelos widebody da Boeing contaram com uma variante de cargas, deixando a exceção para o 787, entretanto, o fabricante vê um enorme potencial para este modelo que conta com mais de 1.500 unidades vendidas somente para o transporte de passageiros.
Ao que tudo indica, é bastante provável que o 787 tenha o mesmo sucesso que o 767-300 para o transporte de cargas, mas será necessário não cometer os mesmos erros de produção do Dreamliner que amargaram 14 meses de paralisação nas entregas da aeronave.
Com informações: Simple Flying
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