Dois caças Sukhoi Su-35 Flanker das Forças Aeroespaciais Russas (VKS) foram interceptados na terça-feira (30) por um par caças Saab JAS-39 Gripen da Hungria. Os caças russos estavam escoltando um jato de transporte Antonov An-72 Coaler mas estavam sem plano de voo.
De acordo com o comando da Base Aérea de Kecskemét, as aeronaves russas voavam de São Petersburgo para Kaliningrado. Apesar de estarem em espaço aéreo internacional, os Su-35 e o An-72 não se comunicaram com o controle de tráfego aéreo, não apresentaram plano de voo e estavam com os transponders desligados, apresentando um risco ao resto das aeronaves na região.
Dessa forma, dois caças JAS-39 Gripen da Força Aérea Húngara (HuNAF) decolaram da Base Aérea de Šiauliai, na Lituânia, para acompanhar os aviões. Os caças e o cargueiro russo foram interceptados e identificados sobre o Mar Báltico por volta de 12:50 (horário local) a uma altura de 9000 metros, informa o comando húngaro. Depois da interceptação, os Gripens voltaram à Lituânia.
Pelo menos um dos Su-35 é visto armado com mísseis ar-ar R-73 e R-77, de curto e longo alcance respectivamente.
A interceptação de ontem marca a primeira dos Gripens húngaros desde que o país assumiu o comando do policiamento aéreo no Báltico no final de julho. A HuNAF enviou um destacamento de quatro caças Gripen e 80 soldados para Šiauliai, devendo permanecer na região pelos próximos quatro meses. A Hungria ainda terá apoio da Luftwaffe (Força Aérea da Alemanha), que destacou caças Eurofighter Typhoon em Ämari, na Estônia.
A OTAN é responsável pela defesa aérea do Báltico desde 2004, quando Estônia, Letônia e Lituânia se juntaram à aliança militar liderada pelos EUA. Desde então, os países membros se revezam regularmente para cumprir a missão.
Normalmente, um destacamento de quatro a cinco caças e 50 a 100 militares são enviados para o norte europeu. As aeronaves são acionadas diversas vezes, ao ponto em que a interceptação de caças, bombardeiros e aviões de transporte e guerra eletrônica da Rússia já é algo rotineiro.
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