A Itapemirim declarou, em uma entrevista do jornalista especializado em aviação Vinícius Casagrande do UOL com o CEO do grupo, Rodrigo Villaça, e o CEO da Itapemirim Linhas Aéreas, Tiago Senna, que espera operar voos no Brasil com um serviço diferenciado.
De acordo com a companhia, até mesmo a Classe Executiva está sendo cogitada nos voos da Itapemirim, que deverá ter na frota aviões de classe “regional”, de 100 a 140, e movidos por motores a reação.
A companhia desistiu da ideia de ter uma frota inicial com aeronaves Airbus A220 e Bombardier Q400, este último um turboélice para 90 passageiros. Agora os donos se concentram em aviões bem tradicionais em nosso mercado, como o Airbus A319, o Boeing 737-700 e até uma possibilidade do Embraer E-Jet, como na Azul.
O Airbus A220 deverá vir, porém em um futuro próximo caso a companhia inicie seus voos com aviões tradicionais do nosso mercado.
“Toda empresa pensa em crescer e já foi demonstrado no mundo inteiro que frota única é rentável e muito mais fácil de lidar. Então, se estou trabalhando com uma frota única de Airbus e se começarmos a ter uma demanda maior de mercado que justifique um avião maior, consigo crescer na linha Airbus em número de assentos, o que não me acontece com a linha Embraer”.
Mesmo sem receber o aporte de US$ 500 milhões do fundo de investimento soberano dos dos Emirados Árabes Unidos, a Itapemirim quer fazer o primeiro leasing de um avião neste mês de julho. A meta é iniciar as suas operações no início 2021, mesmo sem solicitar até o momento os certificados da ANAC para operar voos regulares de passageiros.
Daqui para 2024, no entanto, a segunda meta da Itapemirim é crescer ao ponto de operar com 50 aeronaves.
Na entrevista os CEOs também ressaltaram que o serviço deverá ser premium, enquanto todas companhias nacionais apostam em algo Low Cost.
“A intenção é voltarmos com as bebidas alcoólicas, com pelo menos uma dose de uísque para cada passageiro. Vamos voltar a dar um conforto a mais para o passageiro, que quer ter esse conforto. Resgataremos um pouquinho o que o passageiro da Varig não encontra mais no mercado”. “Se for um avião de 140 lugares, vamos operar com 120, 115 ou 110 lugares”.
A diminuição no número de assentos é para proporcionar mais espaço que as três maiores companhias do mercado.
Confira mais da entrevista original do UOL Clicando Aqui.
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