A Força Aérea de Taiwan (ROCAF) diz que ainda não recebeu as bombas planadoras JSOW adquiridas dos Estados Unidos há cinco anos. A organização terá que usar outros armamentos nos seus F-16 enquanto os explosivos desejados não chegam. 

Apesar do atraso nas entregas, Taiwan deve concluir em 2023 a modernização da sua frota de caças F-16A/B Fighting Falcon. Os 140 jatos passam por um processo atualização para o padrão Block 70, que inclui um avançado radar AESA (varredura eletrônica ativa), capacete com display e mira e integração de novas armas, como a própria JSOW. 

A AGM-154 JSOW (Joint Standoff Weapon) é uma bomba planadora inteligente desenvolvida pela Raytheon para uma necessidade conjunta da Marinha e Força Aérea dos EUA. Apesar de ser uma bomba, a JSOW recebe o indicativo AGM, usado para denominar mísseis ar-solo, como o AGM-65 Maverick. 

O armamento pode planar por até 130 km e é orientado por GPS e navegação inercial, com auxílio de um sistema de imageamento infravermelho na sua versão AGM-154C, a mesma adquirida por Taiwan. Esta variante também carrega a ogiva de penetração de dois estágios BROACH, para destruição de alvos reforçados, como bunkers e hangares. 

A JSOW foi adquirida por 13 países, incluindo Polônia, Austrália, Marrocos, Turquia e Grécia. 

A venda das bombas JSOW para Taiwan foi aprovada em 2017 pelo Departamento de Estado dos EUA. Avaliado em US$ 185.5 milhões, o contrato inclui 56 bombas reais, bombas de treinamento e serviços de suporte. 

Enquanto não recebe as bombas de precisão, Taiwan diz que seguirá usando outros armamentos em seus F-16 modernizados, como os mísseis antirradar AGM-88 HARM e antinavio AGM-84 Harpoon. 

Além de finalizar a modernização dos seus F-16, a ROCAF recebe, também em 2023, os primeiros F-16V Block 70 novos de fábrica. Taiwan adquiriu 66 aviões para reforçar sua frota contra a China. 

Com informações de CNA