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FAA e EASA emitem alerta sobre líquido utilizado para conservar motor do Airbus A320neo

Airbus CFM LEAP

Um produto utilizado junto com o combustível de aviação nas aeronaves, tem chamado a atenção das autoridades. Uma diretriz de aeronavegabilidade (AD) foi emitida em conjunto da EASA e da FAA. 

O produto seria utilizado para conservar as boas condições dos motores do Airbus A320neo, entretanto o produto poderia reduzir o desempenho do motor. O que poderia acarretar em algum acidente grave com a aeronave. 

Companhias aéreas no mundo todo utilizam um conservante bem conhecido chamado biocida KATHON FP 1.5. Esse liquido ajuda a combater a contaminação microbiana e auxilia a evitar problemas do combustível refinado. A EASA e a FAA consideram a utilização desse produto potencialmente insegura. 

Motor CFM Leap-1 do A320neo em detalhes.

Algumas aeronaves especificas da família A320 utilizam desse biocida. Na diretriz, as companhias aéreas não poderão realizar voos com a mistura do biocida com o combustível de aviação. Além disso, a diretriz exige que seja lavado e seja limpo todos os sistemas de combustíveis das aeronaves afetadas.

“Esta DA proíbe a operação de voo de avião com combustível misturado com biocida KATHON FP 1.5 e requer a remoção de KATHON, conforme definido nesta DA, de aviões que tenham sido operados anteriormente ou armazenados com combustível misturado com biocida KATHON FP 1.5”, afirma a diretiva de aeronavegabilidade da EASA.

A diretriz foi emitida no dia 5 de agosto, tendo a EASA a frente de todo o caso. A FAA seguiu os passos da agencia europeia e anunciou sua diretriz na última segunda-feira (21/09). 

“Esta DA foi motivada por um relatório indicando que o biocida Kathon FP 1.5 adicionado ao combustível e o funcionamento dos motores de um avião podem levar à degradação do desempenho do motor”, diz a diretriz FAA.

Segundo a diretriz da FAA os modelos afetados são: A319-151N e -153N; A320-251N, -252N e -253N; e aeronaves A321-251N, -252N, -253N, -251NX, -252NX e -253NX.

Segundo a agência, cerca de 163 aeronaves foram impactadas nos EUA, e terá um custo de limpeza de US$ 2 mil. As agencias reconhecem a importância de se utilizar produtos como este, entretanto a EASA acompanhava as reações que o produto resultava.

Alguns incidentes com os motores dessas aeronaves foram registrados e a agência decidiu investigar mais afundo e emitiu a diretriz. Em julho a FAA já havia emitido uma diretriz similar mas para aeronaves Boeing 737 MAX.

 

 

 

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