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Novo avião-tanque dos EUA voa com apenas um piloto

KC-46 F-35 Boeing EUA USAF

Pela primeira vez um Boeing KC-46 Pegasus, mais novo avião-tanque da Força Aérea dos EUA (USAF), voou com apenas um piloto em comando. O voo, parte de um estudo do Comando de Mobilidade Aérea (AMC), ocorreu na última terça-feira (25).

Durante a missão, um KC-46A da 22ª Ala de Reabastecimento em Voo (ARW) voou com apenas dois tripulantes: o piloto e o operador da lança de REVO. Segundo o AMC, quando não estava envolvido em operações de lança, o operador estava na cabine com o piloto. U

Foram duas surtidas, em espaço aéreo fechado para testes militares. Na primeira foi realizado apenas um circuito padrão, enquanto a segunda foi uma missão completa com decolagem, reunião e REVO de e para outro KC-46, com o subsequente retorno à base.

Boeing KC-46A Pegasus. Foto: Boeing.

Embora as missões tenham sido realizadas apenas pelos dois tripulantes, um segundo piloto instrutor estava a bordo para atuar como observador de segurança. O outro KC-46, com tripulação completa, voou ao lado do avião-tanque para fornecer assistência, se necessário.

A eliminação do copiloto foi uma das várias iniciativas apresentadas pelo chefe do AMC, General Mike Minihan, na Conferência Aérea, Espacial e Cibernética da Academia da Força Aérea em setembroRelatos sobre a ação vieram à tona pela primeira vez em julho, provocando reação de alguns que achavam que isso sobrecarregaria uma força já insuficiente, mas Minihan a defendeu fortemente, aponta a Air & Space Forces Magazine.

“Você vai ter que me desculpar, mas não acho que os pilotos de caça são os únicos que têm o direito de pilotar um avião sozinhos”, disse Minihan. “E por mais que eu admire e confie nesse grupo, admiro e confio no meu exatamente da mesma maneira.”

Um F/A-18F Super Hornet do esquadrão de testes VX-23 Salty Dogs da Marinha dos EUA é reabastecido por um KC-46, empregando o ponto central de cesta e sonda. Foto: Ten. Zach Fisher/U.S. Navy

Segundo o AMC, o conceito permite que o KC-46 complete sua missão principal mesmo com uma tripulação reduzida, no caso da necessidade de lançar aeronaves rapidamente ou estender operações de longo alcance com poucos tripulantes.

“Há uma necessidade operacional real para isso. Para gerar o ritmo necessário para vencer, não é difícil imaginar um piloto e um operador de lança descansando com um outro piloto e um outro operador nos assentos, cumprindo a missão. E prefiro testar isso agora do que tentar descobrir quando o tiroteio estiver acontecendo”, explica o General. 

“Em tempos de guerra, os aeródromos são alvos estáticos, assim como qualquer aeronave no aeródromo quando um ataque está chegando”, disse o Coronel Nate Vogel, comandante do 22º ARW. “Mas uma vez no ar, a aeronave é uma plataforma móvel capaz de manobrar e continuar a fornecer capacidade de missão para o comandante combatente.”

Dois KC-46A Pegasus na base da 157a Ala de Reabastecimento Aéreo. Foto da Guarda Nacional Aérea dos EUA

“Esta missão foi praticada extensivamente em simuladores de voo”, disse Vogel. “Cada fase foi cuidadosamente considerada, levando em consideração a segurança da tripulação, as capacidades da aeronave e os padrões federais de aviação existentes. Isso nos permitiu fazer uma análise deliberada e completa de quais riscos e obstáculos estão presentes, como mitigá-los e nos permitiu recomendar requisitos de treinamento para familiarizar as tripulações com as funções básicas e controles críticos de posições de tripulação desconhecidas.”

Além do problemático KC-46, Minihan disse que também quer explorar operações com menos tripulantes com outras grandes plataformas de armas. Além disso, o bombardeiro B-52 também deve perder um de seus tripulantes futuramente. 

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Boeing, KC-46, reabastecimento em voo, usaexport, USAF