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Rússia perde o seu “Capitão Maverick”, abatido enquanto atacava alvos na Ucrânia

Piloto Russo Kanamat Botashev

O major-general russo Kanamat Botashev faleceu nesta semana, após ser abatido por um míssil antiaéreo disparado por Forças Ucranianas, relatou a BBC em uma notícia.

Botashev tinha 63 anos, no momento que foi abatido por um sistema de MANPADS. Ele estava aposentado desde 2012, e voltou especificamente para cumprir missões na guerra entre a Rússia e Ucrânia, pilotando um jato Sukhoi Su-25, voltado para ataques ao solo.

Antes de sua aposentadoria, ele era o comandante de um regimento de aviação.

O piloto russo era bastante destemido, e se aposentou forçadamente em 2012, após derrubar um caça Su-27 durante um treinamento nas proximidades de Petrozavodsk.

Na época, com quase 53 anos, ele ainda acumulava outros dois incidentes recentes, e foi acusado de pilotar o Su-27 biplace sem passar por exames médicos e treinamentos específicos. O tribunal militar aplicou uma multa de 5 milhões de rublos ao piloto e 4 anos de detenção em regime de liberdade condicional.

Nesta ocasião ambos os pilotos ejetaram, e as autoridades militares da Rússia iniciaram uma investigação para apurar a queda da aeronave. O Coronel Yevgeny Oleinik declarou que seu amigo estava fazendo uma série de manobras com o caça, quando o avião entrou em um estol de parafuso.

“Eu só queria pilotar um caça desse tipo, mas não levei em conta que tal aeronave tem características próprias”, explicou Botashev no julgamento.

Um ano antes o piloto russo voou sem permissão no Su-34, sem demais incidentes. 

As informações coletadas pela BBC, com três ex-subordinados do major-general, coincidem com a informação emitida das Forças Armadas da Ucrânia, de um Sukhoi Su-25 abatido no domingo (22) em Luhansk.

Recentemente ele retornou para a Força Aérea da Rússia, vários anos após a sua aposentadoria, pela falta de pilotos formados e com a qualidade de Botashev para ataques ao solo com o Sukhoi Su-25. 

O treinamento de um piloto para o caça-bombardeiro Su-25 pode levar até 12 anos, e custa cerca de US$ 8 milhões, de acordo com informações do próprio Ministério da Defesa da Rússia.

Normalmente as forças armadas não utilizam pilotos de maior idade para situações de combate real. Podemos ver esse posicionamento até na própria franquia de Top Gun: Maverick, onde o destemido piloto é alocado somente para treinar cadetes jovens.

Normalmente os pilotos experientes são comandantes de Ala, ou sobem de posições dentro da instituição militar, assumindo cargos administrativos. A posição da Rússia, de utilizar pilotos e generais mais velhos na frente de batalha, mostra a falta de efetivo do país para as guerras.

 

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Combate, conflito, Piloto, Rússia, Ucrânia, usaexport