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ALTA: Equador pode receber mais de 8 milhões de passageiros neste ano após mudanças

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Este é um momento histórico para a indústria da aviação no Equador. Este ano, o país estima receber mais de 8 milhões de passageiros aéreos. “Esse número é fruto do trabalho do governo, que, nos últimos anos, tem trabalhado cada vez mais com a indústria e, por isso, enquanto em 2000 61% dos turistas internacionais chegaram de avião, em 2023 esse número gira em torno de 90%”, destacou José Ricardo Botelho, diretor executivo e CEO da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), durante a abertura da ALTA Aviation Law Americas 2023.

As medidas que o Equador tomou foram importantes. “Eliminamos a cobrança do Imposto de Saída Cambial (ISD) das companhias aéreas, reduzimos as taxas das contribuições Eco Delta e Poder Turístico e conseguimos a assinatura de acordos de Céus Abertos com os Estados Unidos, Panamá, Chile e República Dominicana,” disse Niels Olsen, Ministro do Turismo.

“Hoje com muita alegria posso dizer que cumprimos um dos principais compromissos da nossa administração: a recuperação da conectividade aérea internacional, que este mês atingiu 96%, em relação a março de 2020”, explicou Olsen. O ministro destacou  ainda o que o país quer para continuar crescendo.

“Damos as boas-vindas a vocês, nossos parceiros estratégicos no transporte aéreo na América, para a troca de pontos de vista sobre aeropolítica, desafios jurídicos e financeiros e melhores práticas que a indústria aeronáutica enfrenta na região, dentro no âmbito da conferência ALTA Aviation Law Americas 2023”.

O CEO da ALTA explicou que as mudanças históricas realizadas no Equador permitiram que a aviação respondesse ao seu voto de confiança.

“Hoje já chegam mais voos, mais conectividade, passagens mais baratas e tantos outros benefícios. Embora a medida só tenha sido implementada há alguns meses, já começam a ser vistos resultados positivos. Agosto de 2023 foi o mês com maior número de passageiros internacionais historicamente no Equador, com 444.479 passageiros. E de acordo com os roteiros publicados, dezembro de 2023 será o mês com maior oferta de assentos internacionais historicamente no Equador, com 530.441 assentos oferecidos de e para o país”, destacou durante a cerimônia de abertura do evento.

Políticas públicas que dão resultados

Atualmente, o Equador é um exemplo de como a promoção da infraestrutura aeronáutica – cumprindo compromissos e fazendo alterações na legislação e nos impostos necessários – contribui para melhorar a conectividade e promover o crescimento. Nesse sentido, Alex Moreno, diretor de desenvolvimento de negócios da Quiport Corporation, faz uma retrospectiva:

“Há 23 anos a infraestrutura do país era deficiente. Começaram as primeiras concessões e hoje existe um quadro de confiança mútua com autoridades, stakeholders e companhias aéreas. Esperamos que haja muito mais alianças público-privadas porque acreditamos que é a melhor forma de chegar a experiência, de chegarem as companhias aéreas”, afirmou o especialista durante o primeiro painel da agenda acadêmica da conferência.

Mateo Estrella, assessor do Ministério do Turismo do Equador, também participou deste painel moderado por Viviana Martin, diretora de Relações Governamentais da Avianca. Estrella destacou os esforços do governo para impulsionar a conectividade aérea do país.

“O mandato do Ministério do Turismo era focar em facilitar a presença do transporte aéreo no Equador. Principalmente por dois motivos: estávamos saindo da pandemia, que afetou gravemente o setor do turismo, e também 90% dos nossos visitantes chegam por via aérea. Hoje, 600 mil famílias do país vivem do turismo e essa é a terceira fonte de renda do Equador.”

Estrella informou que neste ano, até agora o país recebeu 29% mais visitantes internacionais a mais que em 2022.

“As vendas do setor cresceram 15%, ultrapassando os 3,5 milhões de dólares. O turismo é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento social”.

Por sua vez, Pablo Galindo, subsecretário de transporte aéreo do Equador, disse: “Tem sido uma prioridade para as companhias aéreas ver o governo como um aliado estratégico. Uma única equipe entre autoridades, aeroportos e atores que trabalham de forma colaborativa. A aviação é um mercado dinâmico que se move muito rapidamente. É por isso que devemos ter um quadro regulamentar que dê garantias e seja atualizado. Para o próximo governo deixamos uma diretriz, um caminho traçado para que possam continuar trabalhando nesse aspecto. Galindo explicou também que em bree o governo vai lançar um instrumento regulatório trabalhado de forma consensual e atualizada com base na realidade do transporte aéreo não só no Equador, mas também na região e no mundo.”

Oswaldo Ramos, diretor geral adjunto da Aviação Civil (DGAC), atesta como as políticas implementadas têm produzido resultados: “Observamos um aumento de 12% nos voos domésticos e de 6% nos voos internacionais. São rendimentos para o país, que fica no país e é uma boa notícia. Isso reflete o trabalho de todos os envolvidos.”

Grupo LATAM
Foto: Gabriel Melo/Aeroflap

Porém, Mariela Anchundia, gerente Jurídica da LATAM Airlines, garante que ainda há um longo caminho a percorrer.

“Quito tem um aeroporto de grande altitude. É um dos 40 melhores aeroportos do mundo, conforme demonstrado pela satisfação dos clientes em pesquisas. Mas é também um dos aeroportos mais caros da região. Temos de continuar a trabalhar de forma coordenada para ver como podemos ser mais competitivos. Quando há coordenação e vontade, isso é alcançado. Exemplo disso é Cartagena, que era o aeroporto mais caro, mas havia o propósito de tornar o serviço mais acessível e as tarifas caíram de 92 para 38 dólares”.

É exatamente esse o trabalho e a discussão que a ALTA promove.

“Como bem sabemos, a regulação aérea é complexa, onde interagem órgãos multilaterais. A ALTA promove a aproximação dos setores institucionais, das companhias aéreas e das autoridades para que, junto com entidades especializadas no setor, possamos criar consensos que não só impulsionem a aviação, mas também as nossas economias”, explica Botelho, que confia que esta tendência de abertura do governo do Equador é sustentável, o que resultará na chegada de mais turistas internacionais a este país todos os anos.

 

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Via: ALTA

 

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