Horas após a Indonésia anunciar a compra de 42 caças Dassault Rafale da França, o Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de 36 caças F-15EX por US$ 13,9 bilhões ao país.
Segundo a Agência de Cooperação em Defesa e Segurança (DSCA), a Indonésia demonstrou interesse em adquirir 36 aeronaves Boeing F-15ID. Esta variante é equivalente ao F-15EX Eagle II, a versão mais moderna do caça originalmente desenvolvido pela McDonnell Douglas na década de 1970.
Ainda no ano passado o Marechal Fadjar Prasetyo, Chefe do Estado-Maior da Tentara Nasional Indonesia Angkatan Udara (Força Aérea do Exército Nacional da Indonésia), confirmou que o país estava estudando a compra do Rafale ou F-15EX. Na época o oficial ainda afirmou que havia a possibilidade de compra dos dois modelos.
Na manhã de ontem, o CEO da Dassault, Eric Trappier, e o vice-marechal do ar Yusuf Jauhari, assinaram o contrato para aquisição de 42 Rafales.
De acordo com o comunicado da DSCA, a Indonésia solicitou a compra de 36 aeronaves, motores General Electric F110-GE-129 ou Pratt & Whitney F100-PW-229, radares AESA AN/APG-82(v)1, suíte de guerra eletrônica AN/ALQ-250 Eagle Passive Active Warning Survivability Systems (EPAWSS), capacetes com display integrado JHMCS, pods IRST AN/ASG-34 e outros itens.
A possível compra também inclui suporte logístico e de engenharia, treinamento de pilotos e mecânicos, construção e projeto e outros serviços.
Cabe destacar que esta é apenas uma aprovação do Departamento de Estado e não uma aquisição concreta como é o caso do Rafale. Além disso, a possível venda ainda deve ser aprovada pelo Congresso dos EUA.
De qualquer forma, parece improvável que o país irá adquirir os caças norte-americanos após ter firmado o contrato com a Dassault e o governo francês. A Indonésia demorou anos para escolher um substituto para seus F-16A/B e F-5E/F Tiger II modernizados. Também foi cogitada a aquisição de caças Eurofighter Typhoon usados pela Áustria e F-16 modernizados pelos EUA.
Jacarta inicialmente escolheu o Sukhoi Su-35 Flanker-E da Rússia, mas o negócio foi barrado por ameaças de sanções econômicas a partir de Washington. A publicação do Departamento de Estado dos EUA coincidiu com a assinatura do contrato com a Dassault, o que deve ser resultado de longos procedimentos administrativos dentro do governo estadunidense.
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