Falando à revista grega Ptisi & Diastima, o embaixador americano na Grécia Geoffrey R. Pyatt afirmou que a compra do F-35 por Atenas é certa. Ele diz que a vontade de comprar os caças stealth já é conhecida por entidades dos governos grego e estadunidense.
Pyatt, que já voou em um caça F-16, falou que uma comitiva de militares da Força Aérea dos EUA, do escritório do F-35, deve ir à Atenas para informar o governo grego sobre os requisitos para avançar com o ingresso no programa do F-35.
A Grécia adquiriu 18 caças Dassault Rafale – tendo recebido as seis primeiras unidades em janeiro – e optou por comprar mais seis unidades. Em paralelo, Atenas já está comprometida com a modernização de 83 de seus 153 caças F-16C/D Fighting Falcon para o padrão Block 70.
Com a adição do F-35 na frota, algo que é visto como é certo pelos EUA, a Força Aérea Helênica (HAF) se tornaria uma das mais fortes daquela região.
“Deixe-me começar com o ponto mais importante, que é que a Grécia fará parte do programa F-35. Acho que isso é claramente entendido pelo governo [grego], pela Força Aérea Helênica, mas também pelo governo dos EUA. Você ouviu expressões nesse sentido não apenas minhas, mas também de altos funcionários do Departamento de Estado”, afirmou o Embaixador Pyatt ao ser questionado sobre o F-35 para a Grécia.
O interesse grego pelo caça não é novidade. Atenas revelou a intenção de adquirir o F-35 em 2019, afirmando que seria um substituto dos seus F-16 mais antigos e dos veteranos F-4E Phantom II. Em 2020, durante uma visita do então secretário de estado dos EUA Mike Pompeo, foi revelado que os governos discutiram a venda de até 24 F-35 para a Grécia.
A recente escolha do F-35 pelos governos da Finlândia e Suíça deve reduzir o preço do caça. Estima-se que a partir deste ano, o F-35A deverá ter um custo de aquisição de US$ 77,9 milhões.
Pyatt destaca que entre a assinatura da carta de aceitação de oferta e a entrega das primeiras aeronaves, há um período de aproximadamente cinco anos. Dentro deste tempo ocorrem várias etapas, tais como a adequação da infraestrutura para receber os aviões, a fabricação dos caças, treinamento pilotos e mecânicos nos EUA e a construção do envelope de segurança.
“Isso tudo vai acontecer. O timing é algo que será determinado por fatores orçamentários gregos. Mas é significativo que tenhamos um forte sinal de apoio do Congresso para avançar com este programa.”
No passado, a Grécia também havia demonstrado interesse em adquirir caças F-35 usados da USAF, o que permitiria um prazo de entrega bem mais curto. Foi isso que a Atenas fez no contrato dos caças Rafale: o documento foi assinado em 25 janeiro de 2021 e as primeiras aeronaves chegaram ao país em 19 de janeiro deste ano.
“Tudo isso vai acontecer. E nossa opinião é que esta é uma progressão natural tanto da longa cooperação EUA-Grécia no domínio da Força Aérea, mas também dos passos que a Grécia vem tomando recentemente e não devemos perder de vista o Programa de atualização do F-16 Viper e todas as atualizações de capacidade e habilidades que esse programa está fornecendo também”, conclui.
O F-35 foi adquirido por 14 países e selecionado por outros dois, fora outras nações como a própria Grécia e, mais recentemente, a Romênia, que já expressaram publicamente a intenção de comprar o jato furtivo. Apesar dos conhecidos problemas da aeronave, mais de 720 aeronaves já foram entregues até janeiro de 2022.
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