Depois de fornecer diversas armas avançadas à Ucrânia, como os FGM-148 Javelin, os Estados Unidos avaliam a doação de sistemas mais antigos. Washington está considerando doar mísseis antiaéreos MIM-23 Hawk ao país invadido pela Rússia no início do ano.

O sistema entrou em operação na década de 1960, mas recebeu atualizações e permanece em serviço com alguns países como Grécia, Taiwan e Suécia. A Espanha, que também é usuária do Hawk, já anunciou a doação destes mísseis para Kiev. 

Dependendo da variante, os velhos mísseis antiaéreos de médio alcance podem derrubar aviões e helicópteros a 50 km. Cada reboque lançador transporta três mísseis, orientados por radar semi-ativo e capazes de ultrapassar Mach 2 (duas vezes a velocidade do som). 

Nos EUA, o MIM-23 foi substituído pelo MIM-104 Patriot. Washington, no entanto, se recusa a repassar estes sistemas à Ucrânia, apesar de ter doado o NASAMS, que também é moderno.

Segundo fontes da Reuters, os Estados Unidos agora pensam em tirar os Hawk dos armazéns para enviá-los aos ucranianos. Até o momento não se sabe quantos desses sistemas estão disponíveis para o eventual repasse. 

O presidente Joe Biden prometeu ao seu colega ucraniano Volodymyr Zelenskiy que os EUA forneceriam Ucrânia sistemas aéreos avançados à Ucrânia, após sucessivos ataques de mísseis devastadores da Rússia contra alvos civis e de infraestrutura ucranianos no início deste mês.

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, os Estados Unidos enviaram cerca de US$ 17,6 bilhões em assistência de segurança para Kyiv. Dentre os armamentos mais importantes estão os obuseiros M777, mísseis antitanque Javelin, lançadores de foguetes HIMARS, mísseis antirradar AGM-88 HARM fora o inestimável apoio de inteligência.