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EUA reúne oito bombardeiros stealth B-2 em uma única pista durante exercício

Elephant Walk com bombardeiros stealth B-2 Spirit

As manobras “Elephant Walk” se tornaram um símbolo da demonstração de poder aéreo nos Estados Unidos e no mundo. No mês passado, mais uma dessas atividades envolveu uma das aeronaves mais poderosas dos EUA: o bombardeiro stealth B-2 Spirit. 

A Força Aérea Americana (USAF) reuniu oito de seus 20 aviões furtivos na pista da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, sede das aeronaves stealth pertencentes à 131ª e 509ª Ala de Bombas. A atividade ocorreu durante o exercício Spirit Vigilance 22, marcando a primeira vez que os B-2 participam desse tipo de manobra. 

O exercício, segundo da USAF, é focado em aumentar a letalidade e aumentar a prontidão dos aviadores que apoiam e executam a missão do bombardeiro furtivo B-2 Spirit.  

B-2 Elephant Walk EUA USAF Stealth
Foto: Airman 1st Class Bryson Britt/USAF.

“Este é um lembrete de que o B-2 é a perna visível da tríade nuclear”, disse o coronel Geoffrey Steeves, comandante do 509º Grupo de Operações. “Simplificando, o B-2 é a aeronave mais estratégica do mundo. É a única aeronave no planeta que combina furtividade, carga útil e ataque de longo alcance. Somos encarregados de entregar as armas mais poderosas do país para nossas missões mais importantes.”

Conforme explicamos em outras matérias, o termo Elephant Walk remonta à Segunda Guerra Mundial, quando um grande número de bombardeiros taxiavam em fila indiana antes de decolarem em um curto intervalo de tempo para uma missão. O nome foi atribuído porquê as aeronaves taxiando lembram um grupo de elefantes caminhando juntos para um poço d’água.

Após a Segunda Guerra, o termo voltou a ser usado durante a Guerra do Vietnã, desta vez referindo-se às formações de bombardeiros B-52 Stratofortress. Ainda no período da Guerra Fria era comum a realização dos Elephant Walks seguidos pelas decolagens de intervalo mínimo.

Foto: Tech. Sgt. Heather Salazar/USAF.

Hoje as manobras servem mais como uma demonstração de poder, apresentando as capacidades de desdobramento de uma grande quantidade de aeronaves, em pouco tempo, em uma determinada base aérea. No mesmo mês a USAF realizou um Elephant Walk no Japão com 36 aeronaves.

No caso do B-2, a demonstração é ainda mais significativa. A aeronave “invisível aos radares” é um dos vetores mais importantes da tríade nuclear norte-americana, justamente por seu longo alcance, carga útil e a capacidade stealth, que o permite chegar perto ou até mesmo penetrar o espaço aéreo inimigo sem ser detectado. 

Aeronaves B-2 taxiando em Whiteman durante o exercício. Foto: USAF.

Além disso, o B-2 desempenha um importante papel de dissuasor. A USAF explica que “dissuasão estratégica depende de seus adversários saberem exatamente o que ele pode fazer.” 

Colocar 40% da frota de bombardeiros stealth em voo, de uma única vez, em tempos de paz, é um forte recado de Washington para seus adversários, especialmente China, Rússia e Coreia do Norte. Pequim realizou uma operação semelhante com seus bombardeiros H-6, enquanto as forças de Kim Jong-Un tem realizado uma série de testes com mísseis com capacidade nuclear, aumentando as tensões na região. 

Curiosamente as imagens do exercício só foram divulgadas pela USAF no final de novembro, mais de 20 dias após o evento e na mesma semana em que o substituto do B-2, o B-21 Raider, foi oficialmente apresentado. 

Com informações da USAF

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: B-2, Elephant Walk, stealth, usaexport