Um caça F/A-18 Super Hornet da Marinha dos EUA voou pela primeira vez com um casulo Litening ATP (Advanced Targeting Pod). O pod é um conjunto de sensores eletro-ópticos, usados principalmente para vigilância, pontaria e designação de alvos para bombas e mísseis. 

Segundo a Northrop Grumman, que comercializa o pod nos Estados Unidos, a Marinha concluiu com sucesso os primeiros voos de teste do Litening integrado em um F/A-18F Super Hornet. Na imagem divulgada pela companhia, o casulo é visto no cabide central do caça naval. 

“Este primeiro voo demonstrou a capacidade do Litening de adicionar rapidamente recursos de missão modernos e atualizáveis ​​ao Super Hornet”, disse James Conroy, vice-presidente de navegação, direcionamento e capacidade de sobrevivência da Northrop Grumman. 

“O vídeo digital do pod, o rastreamento autônomo de alvos e os sensores a laser darão aos aviadores navais um conjunto totalmente novo de recursos para operações terrestres e marítimas hoje, e os recursos de crescimento incorporados ao design modular do Litening garantem que o pod possa evoluir para atender aos requisitos em mudança.”

Durante o voo, os pilotos do F/A-18 executaram manobras e operações representativas de missões de combate, incluindo rastreamento de alvos em movimento terrestre, rastreamento ar-ar e designação de alvos.

Os pilotos também acionaram o modo de laser de treinamento seguro para os olhos, que permite que o pod seja usado para treinamento realista com controladores de combate no solo. Os pilotos foram capazes de realizar essas operações sem treinamento prévio, mostrando a facilidade de uso possibilitada pela estreita colaboração com a comunidade aeronáutica.

Apesar de já estar em serviço em diversos países, incluindo o Brasil e o próprio Estados Unidos, o pod Litening ainda não é usado no Super Hornet, principal caça da US Navy.

O pod foi selecionado no início deste ano para substituir o AN/ASQ-228 ATFLIR (Advanced Tactical Forward Looking Infrared), por conta de preocupações sobre o custo de manutenção e estado de prontidão do hardware.

O Litening registrou mais de 3 milhões de horas operacionais e mais de 1 milhão de horas em combate, permitindo que as tripulações detectem, adquiram, identifiquem e rastreiem alvos a longas distâncias com uma taxa de disponibilidade superior a 95%. 

Com informações de Northrop Grumman e The Aviationist