Aguardando ansiosamente pelos F-16 Fighting Falcon, a Ucrânia também pode estar perto de receber outro modelo de avião de caça. A Suécia segue estudando a transferência de seus JAS-39 Gripen, agora que o país faz parte da OTAN.
Em entrevista ao The Kyiv Independent, o ministro da Defesa da Suécia, Pal Jonson confirmou que Estocolmo ainda está explorando a possibilidade de enviar os Gripen para a Força Aérea Ucraniana.
“As deliberações estão em andamento e acontecem dentro da coalizão de caças”, disse Jonson ao portal ucraniano. A coalização mencionada pelo chefe da pasta é a mesma formada pelos Estados Unidos e países da Europa, que fornecerá os F-16 para Kiev. Ao todo 14 nações, todas aliadas da OTAN e incluindo a própria Suécia, estão coordenando esforços para entregar os F-16 e ensinar aos ucranianos como operar os ‘novos’ aviões.
Rússia e Ucrânia estão em guerra há mais de dois anos e o país invadido tem pedido por aviões de caça desde o início do conflito. As aeronaves foram inicialmente negadas, mas a situação mudou no ano passado quando os EUA autorizaram o envio dos F-16, que devem chegar à Ucrânia a partir de maio/junho.
Quanto aos Gripens, a Suécia também negou o envio dos caças num primeiro momento. Mas à medida que aumentou seu apoio à Kiev, as possibilidades foram aumentando e em setembro de 2023 os suecos começaram estudos para o fornecimento dos JAS-39 à Ucrânia. Em novembro de 2022, um estudo do think tank britânico Royal United Services Institute (RUSI) apontou o Saab Gripen como melhor caça a ser enviado para os ucranianos.
Enquanto os F-16 – e possivelmente os Saab Gripen – não chegam, a Força Aérea da Ucrânia emprega caças MiG-29 e Su-27 e jatos de ataque Su-24 e Su-25 para se defender dos russos. Os aviões foram adaptados para usar munições ocidentais, como mísseis antirradar e de cruzeiro e bombas inteligentes.
Ainda ponderando a transferência dos caças, a Suécia também acompanha os demais aliados da OTAN para suprir a lacuna deixada pela diminuição da ajuda dos EUA, que tem sido bloqueada durante meses por disputas políticas internas. O ministro Jonson disse que a Europa deve “intensificar” o seu apoio e “compensar parte do apoio que está diminuindo”.
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