A Justiça francesa absolveu nesta segunda-feira, 17, a fabricante europeia Airbus e a companhia aérea Air France pelo acidente do voo AF447, que fazia a rota Rio-Paris em 2009, há quase 14 anos. Os 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo morreram na tragédia.
Justiça francesa conclui não ser possível provar responsabilidade das empresas por homicídio culposo corporativo no acidente com o voo AF447. Promotores apontaram os pilotos como principais culpados.
O anúncio da absolvição fez com que algumas partes civis se levantassem, surpresas, enquanto o presidente do júri continuava sua leitura sob um silêncio sepulcral.
O tribunal considerou que a Airbus cometeu “quatro imprudências ou negligências”, em particular por não ter substituído os modelos de sondas Pitot chamadas “AA”, que pareciam congelar com maio frequência, nos aviões A330 e A340, e por “reter informações”.
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No dia 1 de junho de 2009, um Airbus A330-200 da Air France, que operava o voo AF447 entre o Rio de Janeiro (GIG) e Paris (CDG) caiu no oceano após entrar em estol e despencar de uma altitude de 38.000 pés durante uma tempestade. Apesar do pleno funcionamento dos motores, as asas perderam a sustentação, ocasionando o acidente. Todas as 228 pessoas a bordo morreram.
Durante a investigação, constatou-se que as sondas pitot, utilizadas para medir a velocidade do avião, estavam congeladas, fazendo com que o piloto automático da aeronave fosse desligado, comprometendo a retomada do controle da aeronave pelos pilotos, tornando inviável a estabilidade do Airbus A330.
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