Países membros da OTAN estão enviando caças para nações do leste europeu parceiras da organização. A implantação dos aviões ocorre em meio às movimentações de tropas da Rússia na fronteira da Ucrânia.
A Força Aérea Real Holandesa (RNLAF) está enviando dois caças F-35A para a Bulgária, ao passo que a Espanha deve enviar entre cinco e sete caças Eurofighter Typhoon para o país. Os aviões reforçarão as missões de policiamento aéreo da OTAN sobre o Mar Negro.
A França disse que poderia enviar tropas para a Romênia se necessário. Ao mesmo tempo, os EUA consideram aumentar sua presença militar na porção oriental do Velho Continente.
“Como a Bulgária não possui esse tipo de capacidade e equipamento, é a solidariedade dos estados membros da OTAN que leva ao uso de capacidades conjuntas sempre que possível e de acordo com os desejos dos respectivos países”, disse o ministro da Defesa da Bulgária, Stefan Yanev.
Em 2019, a Força Aérea da Bulgária encomendou oito novos caças F-16C/D Block 70 para modernizar sua frota, que ainda não foram entregues. Atualmente a Força Aérea Búlgara possui 13 caças MiG-29 Fulcrum e seis jatos de ataque Su-25 Frogfoot.
Apesar de ser uma implantação rotineira, que faz parte das missões de policiamento aéreo da aliança, o movimento se dá ao mesmo tempo que a Rússia posiciona milhares de tropas nas fronteiras da Ucrânia e em Belarus, ameaçando invadir o país.
No dia 21, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, exigiu que a OTAN retirasse suas tropas de todos os países que não faziam parte da aliança em 1997, incluindo a própria Bulgária. Ao mesmo tempo, membros da OTAN seguem enviando grandes quantidades de armamento para as tropas de Kiev.
“Não quero que os cidadãos búlgaros fiquem com a impressão de que algo especial aconteceu […], que alguém apontou o dedo para a Bulgária e fez uma declaração especial”, comentou Yanev. “Esses tipos de declarações são feitas regularmente e não acho que devemos ser tão sensíveis quando alguém fala sobre nós.”
Vários membros da OTAN estão lutando para reforçar a presença da aliança na Europa Oriental. Para fortalecer a missão de policiamento aéreo do Báltico, que atualmente é liderada pela Polônia junto à Bélgica, a Dinamarca deve enviar quatro caças F-16 para a Base Aérea de Šiauliai, na Lituânia.
Desde 2004, as forças aéreas da OTAN fazem um rodízio para proteger os espaços aéreos da Estônia, Letônia e Lituânia de incursões, pois os países não têm capacidade aérea própria.
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