A versão naval do caça francês Dassault Rafale deve ser oficialmente apontada como o novo vetor da Marinha da Índia (IN) em março. O anuncio público ocorrerá durante a visita do presidente francês Emmanuel Macron. 

Segundo a mídia francesa, um acordo entre Paris e Nova Déli deverá ser assinado daqui três meses, durante a visita de estado francesa. De qualquer forma o Rafale M (Marine) já é tido como vencedor da disputa para um novo caça naval indiano.

Em dezembro oficiais da IN revelaram à mídia local que o delta-canard francês superou o F/A-18 Super Hornet norte-americano durante os testes nas instalações da Marinha em Goa. As aeronaves foram avaliadas na rampa que simula a mesma encontrada nos porta-aviões indianos, ao contrário das catapultas presentes nos navios franceses e americanos. 

Se confirmada, será a segunda vitória para o caça francês na Índia, e o último de uma série de contratos obtidos pela Dassault com o jato de combate bimotor. A Força Aérea Indiana já opera uma frota de 36 Rafales, tendo recebido o último desses aviões em dezembro.

O modelo está em serviço na Grécia, Egito, Catar e França, foi adquirido pela Indonésia, Croácia e Emirados Árabes e foi pré-selecionado pela Força Aérea Colombiana (apesar deste último episódio ter encontrado um entrave político). 

Entra a França, sai a Rússia 

Índia e França tem se aproximado bastante nos últimos anos. A escolha do Rafale M pela Marinha Francesa (seguindo a Força Aérea) é mais um reflexo desse estreitamento de relações. 

O modelo deverá substituir um caça russo, o MiG-29K/KUB, versão naval do famoso jato de combate da Mikoyan Gurevich. Atualmente operado por dois esquadrões da Marinha Indiana, o Fulcrum-D (como é chamado pela OTAN) é o único caça embarcado da Índia, operado a partir do porta-aviões Vikramaditya. 

Entretanto, os MiG-29 navais indianos tem apresentado uma série de problemas, especialmente por conta do suporte russo que é criticado pelos indianos. Dessa forma a Índia optou por um caça novo, sendo o Rafale M o escolhido para fazer parte da ala aérea do novo porta-aviões do país, o INS Vikrant. 

Com informações de Business Line