Congressistas republicanos dos EUA enviaram nesta última terça-feira (15/03) uma carta ao presidente Joe Biden, solicitando o repasse imediato de sistemas de defesa para a Ucrânia.

Os congressistas afirmaram na carta que os sistemas de defesa poderiam entrar na nova ajuda militar de US$ 3 bilhões, aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos nesta semana.

Os deputados e senadores não descreveram quais equipamentos devem ser incluídos no pacote de ajuda. Contudo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nas últimas semanas que os militares do país tem ampla experiência com equipamentos fabricados na época da URSS, como os sistemas de defesa aérea S-300 e caças MiG-29.

Zelensky também solicitou aos EUA mais sistemas antitanque Javelin, que vem causando consideráveis baixas em solo, e mísseis de ataque terra-ar Stinger. Os Estados Unidos já repassaram equipamentos deste tipo para a Ucrânia há algumas semanas, e continuarão a fornecer como armas de defesa.

Os Estados Unidos e a OTAN já descartaram a doação de caças MiG-29, pelo risco da Rússia julgar isso como um envolvimento desses países no conflito. A possibilidade de criar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia também está descartada, pelo mesmo risco da Rússia julgar isso como um envolvimento de países europeus no conflito.

Apesar dos empecilhos, o Departamento de Estados dos EUA está trabalhando para identificar fornecedores dos sistemas de defesa aérea S-300, de acordo com fontes da CNN.

Os republicanos também pediram a doação de diversos outros armamentos para a Ucrânia, no pacote de ajuda de US$ 200 milhões aprovado na última semana, incluindo itens básicos como capacetes, coletes a prova de bala e kits de primeiros socorros, como sistemas de ataque em solo, metralhadoras com munição, geradores de energia e comunicadores militares.

Nesta quarta-feira as autoridades dos EUA esperam que o presidente do país, Joe Biden, anuncie mais US$ 800 milhões em ajuda de segurança para a Ucrânia. Com esse complemento, a Ucrânia terá recebido US$ 2 bilhões em ajuda militar dos EUA desde o início do governo Biden.