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USAF permite que aviadoras grávidas pilotem qualquer aeronave de combate

Major Lauren Olme, ao lado do seu marido Mark Olme, é tripulante do bombardeiro B-1B e uma das primeiras beneficiadas pela nova política da força aérea para grávidas. Imagem: USAF.

Pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) agora podem voar todas as aeronaves de combate do país, incluindo as equipadas com assento ejetável. O objetivo da organização é priorizar a decisão das militares gestantes por meio de uma nova política interna que entrou em vigor neste ano. 

A Major Lauren Olme é uma das primeiras mulheres beneficiadas pela decisão. Tripulante do bombardeiro supersônico B-1B Lancer, ela e seu marido, Major Mark Olme, descobriram em agosto de 2022 que logo teriam um novo membro da família. “Fiquei sinceramente chocada quando descobrimos que estava grávida”, disse Lauren. 

“Estávamos tentando há alguns meses e eu esperava outro teste negativo. Fiz o teste um pouco antes do trabalho e depois de saber que deu positivo, esconder esse segredo do Mark o dia todo foi uma tortura, mas queria contar a ele pessoalmente.” Embora estivesse gerando uma vida, Lauren, apaixonada pela Força Aérea, ainda queria voar, mas a organização militar tinha regras mais rígidas quanta às aviadoras gestantes. 

Família Olme segue voando, mas espera seu primeiro filho.
Família Olme segue voando, mas espera seu primeiro filho.

Com as novas diretrizes, publicadas ainda no ano passado, ela e outras tripulantes podem seguir voando mesmo enquanto grávidas. Segundo a USAF, a Aceitação Voluntária de Risco da Tripulação Aérea (AVAR) estabelece que as militares podem solicitar a permanência nas atividades durante a gravidez, mas precisam passar por avaliação médica. A partir do terceiro trimestre elas podem seguir voando normalmente em aeronaves sem assento ejetável caso a gravidez não apresenta complicações.

Ainda assim, a USAF destaca que todas as tripulantes grávidas também estão autorizadas a solicitar uma isenção, independentemente do trimestre, aeronave ou perfil de voo. As tripulantes que desejam voar durante a gravidez são informadas sobre os riscos para si mesmas, para o feto, para a segurança do voo e da missão, de acordo com todas as condições médicas. A aprovação é concedida através do consentimento conjunto do aviador, obstetra, médico de voo e comandante da unidade.

Grávida, a Maj. Molly Sexton realiza um check externo em um C-146. Foto: USAF.
Grávida, a Maj. Molly Sexton realiza um check externo em um C-146. Foto: USAF.

É o caso de Lauren, que espera dar a luz em abril, mas ainda voa a bordo do B-1B, que possui quatro assentos ejetáveis e pode ultrapassar Mach 1.2 ao nível do mar. Seu filho se tornou um dos primeiros bebês do Pentágono a acumular 9,2 horas de voo em uma aeronave supersônica. “A política permite que os aviadores voem até 28 semanas, mas, por vários motivos, minha equipe médica decidiu que é melhor parar por volta das 22 semanas, de modo que é tudo o que farei com nosso bebê.”

“Não consigo expressar como é incrível que as mulheres grávidas agora tenham a oportunidade de voar em todos os tipos de aeronaves”, disse Lauren. “É uma decisão muito pessoal que Mark e eu tomamos juntos porque há riscos envolvidos em voar o B-1 durante a gravidez, mas depois de consultar a Força Aérea e médicos civis, nos sentimos confortáveis ​​comigo voando por algumas semanas.”

Foto: USAF.

“Esta política é um grande benefício para a Força Aérea. Eles fizeram deliberadamente uma mudança que oferece às tripulações do sexo feminino as mesmas oportunidades que os tripulantes do sexo masculino”, disse o tenente-coronel Charles Armstrong, comandante do 77º Esquadrão de Armas, unidade onde Lauren trabalha.

“Isso permite que as aviadoras continuem desenvolvendo suas qualificações e horas de voo para progredir em sua carreira durante a gravidez. Foi baseado em anos de análise e pesquisa de fisiologistas da tripulação aérea, tanto na Força Aérea quanto em agências externas, para determinar que é seguro e aceitável que as mulheres voem por um período mais longo do que no passado”.

Via 7th Bomb Wing

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: Gravidez, usaexport, USAF