Caças Dassault Rafale M da Marinha Francesa interceptaram um grupo de aeronaves militares da Rússia sobre o Mar Mediterrâneo no último final de semana. Os aviões franceses decolaram do seu porta-aviões em pelo menos duas oportunidades para acompanhar aeronaves russas que haviam partido da Síria.
Na sexta-feira (18), dois caças Su-30/Su-35 e um avião de patrulha marítima Il-38 May foram interceptados e escoltados pelos Rafale M. No dia seguinte, foram publicadas mais imagens capturadas pelos Rafale, mostrando a interceptação de um bombardeiro Tu-22M Backfire, escoltado por dois caças Su-30.
Le 18/02, des Rafale 🇫🇷, en mission de protection du @French_CSG déployé dans l’opération Chammal @CJTFOIR, ont escorté 2 SU30/35 et 1 IL 38 🇷🇺 qui évoluaient à proximité des unités 🇫🇷 et alliées. Interaction professionnelle. https://t.co/8OaZjDR0Zz pic.twitter.com/kENT3aaq5e
— Armée française – Opérations militaires (@EtatMajorFR) February 20, 2022
Segundo o Estado Maior das Forças Armadas Francesas (EMA), a missão dos Rafale era proteger o Grupo de Batalha do porta-aviões nuclear Charles de Gaulle, que navega pela região participando da Operação Chammal. O órgão também afirma que a interação entre os aviões russos e franceses ocorreu de forma profissional.
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Segundo portal francês Zone Militaire, a presença russa na região é um desafio para as forças francesas. A Rússia estabeleceu bases na Síria e na última semana destacou aeronaves MiG-31K com mísseis hipersônicos Kinzhal e bombardeiros supersônicos Tu-22 no país.
Au cours des derniers jours, interactions du @French_CSG 🇨🇵, déployé en MEDOR pour #Chammal @CJTFOIR, avec des aéronefs russes, qui ont été détectés dès leur décollage de Lattaquié puis suivis en permanence par les unités du @French_CSG 🇨🇵. pic.twitter.com/sEy7igkTzs
— Armée française – Opérations militaires (@EtatMajorFR) February 19, 2022
O portal observa que a presença russa “resulta no estabelecimento, na Síria em particular, de capacidades de negação e interdição de acesso [A2/AD]”.
As tensões na Europa por conta de uma possível invasão russa na Ucrânia também tornam tais interações um objeto de interesse. Navios da frota russa tem navegado pelo Mediterrâneo para ir à Síria ou adentrar o Mar Negro. No Velho Continente, os EUA e OTAN tem reforçado sua presença na porção leste, com o envio de caças, tropas e bombardeiros.
O portal vê que as publicações do EMA nas redes sociais servem para lembrar às forças aéreas russas que os meios do grupo de batalha do Charles de Gaulle permitem monitorar todos os seus movimentos.
The deployment of MiG-31K with 2k km-range Kinzhal missiles and Tu-22M3 bombers with Kh-32 missiles to Syria strengthens Russia's conventional deterrence vis-à-vis NATO and the US. It is possibly intended to deter NATO involvement if Russia decides to escalate in Ukraine. https://t.co/0nYKyLDegS
— Rob Lee (@RALee85) February 16, 2022
O Charles de Gaulle zarpou para sua primeira viagem de 2022 no início do mês. Durante a missão CLEMENCEAU 22, a nau capitânia da Marinha Francesa estará integrada com embarcações dos EUA, Canadá, Bélgica, Israel, Espanha, Itália e Grécia.
A bordo, o porta-aviões tem 20 caças Rafale M, dois aviões de alerta antecipado E-2C Hawkeye, dois helicópteros Dauphin/Panther e um NH90 NFH Caïman O componente francês do grupo é chamado de Task Force 473 (TF 473).
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