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Confira as companhias aéreas que cresceram em 2021, apesar da crise

IATA Aviação ANAC ALTA

Todos que acompanham o mercado de aviação sabem que 2021 foi um ano complicado para o setor, com pouco horizonte do futuro e um impacto grande da segunda onda, logo após um 2020 ainda mais complicado e que derreteu as reservas das companhias aéreas.

Enquanto algumas companhias aéreas reduziram de tamanho ou até mesmo fecharam as portas, outras aproveitaram o período conturbado para ganhar muito mercado.

A Cirium reuniu alguns dados desse período, e listou mundialmente quais foram os casos de sucesso durante os dois últimos anos. Confira na lista abaixo:

  • As principais companhias aéreas de Baixo Custo (Low Cost) do México aproveitaram da Recuperação Judicial da Aeromexico , bem como a demanda constante de lazer de turistas dos EUA, e cresceram no período.
  • A Bamboo Airways, companhia aérea do Vietnã que já apresentava rápido crescimento antes da pandemia, manteve o crescimento constante da frota mesmo nos últimos dois anos.
  • Aproveitando o vácuo da Alitalia no mercado, e de outras operadoras europeias, a Ryanair cresceu agressivamente na Itália.
  • A Sichuan Airlines cresceu, mas a oferta adicional foi realizada em maior parte pela sua subsidiária Chengdu Airlines.
  • Anunciando uma fusão recentemente, a Frontier e Spirit Airlines, dos Estados Unidos, aproveitaram o período de baixa das grandes companhias para ampliar a frota, quantidade de assentos e voos. O desejo dos norte-americanos por assentos mais baratos também contribuiu para essa expansão.
  • A SkyExpress adicionou aviões Airbus A320neo para desafiar a Aegean Air, que reduziu a sua frota, no grande mercado turístico grego. Vale ressaltar que o mercado turístico teve alta durante a pandemia.
  • A Juneyao expandiu a sua divisão de baixo custo, a 9 Air, na China.

Outras companhias aéreas que começaram durante a pandemia, como a Breeze e Avelo nos Estados Unidos, também ampliaram a oferta de voos no período, aproveitando o vácuo das grandes aéreas e mercados não atendidos.

No Brasil, como publicamos anteriormente, a Azul Linhas Aéreas expandiu a quantidade de assentos ofertados e frota em 2021, na comparação com 2019. No acumulado do ano a companhia saltou da 3ª posição para a 2ª.

 

Confira os detalhes do crescimento de cada aérea na tabela abaixo:

Tabela por: Cirium

 

Quais companhias aéreas tiveram o maior declínio de assentos nos últimos dois anos?

Foto – Emirates/Divulgação

Ao contrário da lista acima, muitas companhias aéreas precisaram diminuir abruptamente a sua oferta de voos nos últimos anos. De acordo com os dados da Cirium, a Delta, easyJet e Emirates lideraram nesse quesito.

A Delta retirou muitos aviões de maior idade da sua frota entre 2020 e 2021, reduzindo bastante a quantidade de capacidade de oferta.

A Emirates teve seu negócio amplamente afetado, visto que tem como pilar os voos internacionais entre países e as fronteiras estavam fechadas ao longo de maior parte de 2021.

Contudo, a Cirium aponta que outras companhias gigantes globalmente, como as norte-americanas e Europeias, tiveram a maior queda após essas três aéreas. Os piores casos em termos percentuais estão concentrados no sudeste da Ásia, incluindo Cathay Pacific, AirAsia e Thai Airways.

Até os dias atuais a Cathay Pacific está com maior parte da sua frota no chão. Atualmente 800 assentos são ofertados em média por dia, apesar da companhia ter mais de 170 aeronaves na frota.

Outra movimentação que vale citar é entre grandes grupos de companhias aéreas. As “tradicionais”, como a Air France e Aeroflot, retiraram oferta, enquanto acrescentaram nas subsidiárias Transavia France e Pobeda, respectivamente. Em nossa visão, isso revela uma outra característica do mercado: O consumidor do mercado de turismo está a cada dia procurando preços menores.

 

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Artigos, Companhias aéreas, Companhias Aéreas, Notícias

Tags: Dados, demanda, mercado, oferta, usaexport