O acidente com o avião da LaMia que transportava a delegação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana de 2016 vai completar sete anos em novembro, e ainda há busca das famílias das vítimas da tragédia em relação a indenização.

O Portal GE, publicou que uma nova audiência foi marcada para este mês de abril, e será no dia 20 no Tribunal Miami nos EUA. As famílias das vítimas do acidente pediram a nova audiência para tentar responsabilizar a seguradora Tokio Marine ao pagamento da indenização de US$ 844 milhões, convertido em real o valor chega a R$ 4,2 bilhões.

Todo o processo que antecedeu a operação do voo CP2933 da LaMia para transportar a delegação da Chapecoense mais convidados foi formalizado e homologado em Miami, o processo obrigatoriamente foi executado nos EUA. A companhia boliviana negociou a compra do combustível e também do seguro do voo que tem como seguradora principal a Tokio Marine.

Entretanto, a seguradora entrou com uma ação pelo Tribunal de Londres pedindo a anulação da ação realizada em Miami na qual já havia sido homologada entre os familiares das vítimas e a LaMia,

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Como argumento a Tokio Marine e as outras seguradoras entendem que a ação competente seria na cidade onde o contrato de resseguro foi assinado e também sede das seguradoras, no caso Londres.

Apesar dos apelos, a justiça de Londres julgou que o Tribunal de Miami nos EUA é competente para julgar a ação e derrubou a liminar que tinha como intuito suspender todo o processo. Com a nova decisão, a nova audiência foi marcada para o dia 20 de abril em Miami.

O acidente da Chapecoense

Em novembro de 2016, com a delegação da Chapecoense a bordo, a aeronave RJ85, matrícula CP2933, da empresa aérea LaMia, fez um pouso forçado perto da cidade de La Ceja, após declarar estado de emergência por falha técnica, e perder contato com a torre de controle às 22h (local). O avião caiu em um local de difícil acesso e perto do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín, enquanto seguia para pouso.

Estavam a bordo do avião da LaMia 77 pessoas, entre comissão técnica do time da Chapecoense, jornalistas, convidados e mais a tripulação. Cerca de 71 ocupantes perderam suas vidas, deixando apenas 6 sobreviventes.

A Aerocivil da Colômbia divulgou o relatório final do acidente em 2018, constatando que o combustível da aeronave era insuficiente para o trajeto realizado e isso causou uma pane seca. Além disso, a LaMia também não executou o treinamento adequado para seus tripulantes para lidar com situações de emergência deste tipo.

Os corpos foram resgatados pelas autoridades colombianas e transportados por aeronaves Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira até Chapecó. Na ocasião, o Atlético Nacional de Medellín, time que enfrentaria a Chapecoense abriu mão do título e tornou o clube brasileiro campeão como forma de tributo as vítimas.