Os caças Saab Gripen E estão recebendo modificações aerodinâmicas na forma de novas superfícies de comando. Pelo menos duas aeronaves já receberam as novas peças. A modificação favorece a manobrabilidade da aeronave de combate, adquirida pelas forças aéreas do Brasil e Suécia.
A alteração foi observada pelo perfil Fighterman_FFRC em uma publicação no X (antigo Twitter), notando que a fabricante instalou elevons maiores no Gripen E. O elevon é uma superfície de comando instalada na parte de trás das asas do Gripen e de outros caças com asas em delta, como o Mirage 2000. Ela combina a função do profundor e aileron, atuando para os movimentos de subida e descida (arfagem) e rolagem lateral. No Gripen, os elevons também funcionam como flaps, aumentando a sustentação do caça durante o pouso.
Gripen E prototype 6002 Secretly received bigger inboard and outboard elevons❗️A big change in top view silhouette pic.twitter.com/B9Bt9kCxaU
— Fighterman_FFRC (@Fighterman_FFRC) October 21, 2023
De maneira geral, os elevons maiores aumentam a manobrabilidade do Gripen em velocidades menores, dando ao piloto mais amplitude nos movimentos de giro e arfagem do avião. É provável que a velocidade no pouso também diminua. Visualmente, as características asas em delta aumentaram e ficaram mais triangulares, como é possível ver nas imagens.
E os Gripens da FAB?
As modificações nos elevons foram observadas, até agora, apenas em dois aviões suecos: o Gripen E de matrícula 6002, um dos protótipos do programa, e no Gripen E 603, primeira aeronave de produção destinada à Força Aérea Sueca, entregue recentemente pela Saab.
Segundo o Portal Poder Aéreo, a modificação nos Gripens, “já está programada para os exemplares da FAB e deverá começar em breve.” O site ainda afirma que os canards (superfícies móveis instaladas na frente das asas) também mudaram. Outra matéria, publicada pela tradicional Revista Força Aérea, levanta alguns questionamentos, como a necessidade por trás dos novos elevons e se a modificação exige novos ensaios (testes) em voo.
A Força Aérea Brasileira já recebeu seis F-39, todos operados pelo 1º Grupo de Defesa Aérea, o Esquadrão Jaguar, a partir da Base Aérea de Anápolis. A unidade, que no passado operou os lendários Dassault Mirage III e Mirage 2000, é responsável pela implantação do modelo na FAB, bem como suas doutrinas operacionais.
A FAB adquiriu 36 aviões inicialmente e adicionou mais quatro unidades ao contrato original, totalizando 40 Gripens, o que permite a implantação do avião em outra base. Também está planejada a assinatura de um segundo lote, já em negociação com a Saab e o governo sueco.
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