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Desafios e oportunidades para a aviação na América Latina: a importância do diálogo entre indústria e governo

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Queridos leitores, na aviação no mês de fevereiro, mais uma vez, vimos uma desaceleração no ritmo de recuperação da América Latina e Caribe (LAC), atingindo 98%, dos níveis em relação a 2019.

Alguns mercados superaram os índices pré-pandêmicos, mas também estamos enfrentando grandes dificuldades e evitando novas desacelerações nos próximos meses, principalmente na Colômbia com a saída do mercado de dois players, onde os passageiros internacionais de 2022 representaram cerca de 28% do mercado.

A interrupção das operações aéreas em alguns países da nossa região representa um sinal alarmante de que as finanças das companhias estão em uma situação delicada.

Essas finanças, já atingidas pela pandemia, se deparam com desafios recorrentes como o preço dos combustíveis, a inflação, a desvalorização das moedas, entre outros fatores.

É urgente que os governantes de toda a região reservem um momento para sentar com a indústria da aviação e rever as medidas técnicas que permitam a subsistência desse setor essencial.

O Equador é um ótimo exemplo disso. De acordo com o Índice de Competitividade do Transporte Aéreo, desenvolvido pela ALTA e Amadeus em 2022, o país ocupava o segundo lugar como o menos competitivo em termos de impostos, tarifas e contribuições.

ALTA CEO José Ricardo Botelho
Foto: Divulgação / ALTA

A partir disso, o governo do Equador conversou com a indústria, analisando os dados em conjunto, e recentemente anunciou a alteração do regime de cobrança para as taxas, o que impactará positivamente o país, gerando turismo, negócios, melhores tarifas para os passageiros e um transporte aéreo mais democratizado.

Além dos desafios macroeconômicos, temos um desafio operacional mais sustentável. De acordo com os dados da S&P Global Commodity, em 20 de março de 2023, o preço do SAF era cerca de 2,3 vezes mais caro que o combustível comum. Vale lembrar que o SAF representa mais de 60% das medidas que permitirão à indústria atingir a meta de emissão zero de carbono até 2050.

Por isso, em março, promovemos na Costa Rica um fórum de discussão para que especialistas em combustíveis e entidades governamentais se reunissem e discutissem como vamos promover regulamentações inteligentes que permitam a produção e distribuição de SAF na aviação em larga escala.

Aumentar a competitividade de nossos países é a forma mais saudável e exitosa de superar os obstáculos que enfrentamos. O compromisso com o governo é agora mais importante do que nunca. Estamos trabalhando diariamente nessa tarefa.

Obrigado pela leitura!

 

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