O Ministério da Economia da Indonésia aprovou planos para a busca de um empréstimo estrangeiro de US$ 3,9 bilhões para financiar a compra de novos aviões de caça. O país já tem compromisso com a compra de mais de 40 Dassault Rafale e avalia o F-15EX norte-americano.
Segundo documentos obtidos por Janes, os empréstimos financiarão três diferentes propostas apresentadas para a modernização da Força Aérea Indonésia (TNI-AU), duas das quais já foram apresentadas ao público.
Em fevereiro a TNI-AU assinou a aquisição dos seis primeiros Rafale, de uma compra que deve chegar a 42 unidades do jato francês. Agora o governo local avança para concluir a compra do segundo lote, previsto para englobar 12 a 18 aeronaves. Jacarta também enviou para a França um grupo de pilotos e mecânicos para receber o treinamento no Rafale.
Além disso, o país deve adquirir 12 Mirage 2000-5 da Força Aérea do Catar, recentemente aposentados. Os jatos mais antigos servirão como “tampões” enquanto a TNI-AU aguarda a entrega dos Rafale, todos novos de fábrica. Os detalhes sobre esse acordo ainda são escassos.
Os jatos catarianos seriam adquiridos pela companhia francesa ARES, que fornece serviços Red Air (treinamento de combate aéreo). O negócio, no entanto, parece ter falhado.
Ao mesmo tempo que busca o empréstimo para cobrir os Mirage e Rafale, Jacarta tem olhos em um terceiro caça: o F-15EX Eagle II dos Estados Unidos. A Indonésia recebeu aprovação do Governo dos EUA para a compra de 42 destes aviões, horas depois que o país anunciou o acordo com a França.
O F-15EX é a mais nova e avançada versão do F-15 Eagle, incorporando sistemas do estado da arte similares aos encontrados em caças de 5ª geração. No entanto, executivos da Boeing Defense, que fabrica o caça, temem que a Indonésia não tenha dinheiro para comprar os aviões, avaliados em US$ 13,9 bilhões.
Apesar dos temores em relação ao financiamento, um porta-voz da Boeing disse que continua tendo “conversas significativas e produtivas com membros seniores” da TNI-AU e Ministério da Defesa.
Este não é o único programa da TNI-AU que enfrenta problemas financeiros. O país é parceiro da Coreia do Sul no desenvolvimento do caça KF-21 Boramae, mas atrasou diversos pagamentos. Os investimentos são parte da modernização da força aérea local, que atualmente opera caças F-16, Sukhoi Su-27 e Su-30, T-50i, BAe Hawk Mk.200 e Embraer Super Tucano.
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