Dados da Força Aérea Sul-Coreana (ROKAF) mostram que os caças stealth F-35A Lightning II da organização estiveram operacionalmente despreparados em 234 ocasiões no período de 18 meses. A indisponibilidade das aeronaves de 5ª geração foi causada por panes.
Os números foram apresentados pelo deputado Shin Won-sik, do Partido do Poder Popular. Segundo ele, os dados da própria ROKAF mostram que os jatos “invisíveis ao radar” estiveram completamente aterrados em 172 casos. Em outras 62 ocasiões, os F-35 até podiam voar, mas eram incapazes de realizar certas missões.
O legislador ainda diz que os F-35 aterrados poderiam realizar missões por apenas 12 dias em média no ano passado e 11 dias no primeiro semestre deste ano. Em contrapartida, os caças F-4E Phantom II e F-5E/F Tiger II, muito mais antigos, foram aterrados apenas 26 e 28 vezes, respectivamente, ao longo do mesmo período.
Shin divulgou os dados enfatizando que os militares sul-coreanos devem fazer grandes esforços não apenas para introduzir esses sistemas de armas de ponta, mas também para mantê-los.
A Força Aérea, por outro lado, disse que não houve problemas em manter a postura de prontidão, pois os F-35A atingiram sua taxa de operação alvo de 75%. Ao mesmo tempo a ROKAF reconhece problemas na aquisição de peças para o avião de caça, acrescentando que trabalhará para recebê-los rapidamente do fabricante, a norte-americana Lockheed Martin.
A implantação dos 40 F-35 foi concluída pela Coreia do Sul em janeiro deste ano. A denúncia do deputado ocorre ao mesmo tempo em que o país desenvolve o KF-21 Boramae, um modelo de 4.5 geração que guarda enormes semelhanças de desenho com o F-22 Raptor e o próprio F-35, mas não é um caça furtivo.
O novo jato, que ainda poderá ter uma versão naval, deve entrar em operação a partir de 2026, substituindo os F-4 e F-5 do país.
Com informações de Yonhap, Eurasian Times
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