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Caças de Quinta Geração: O Presente e Futuro dos mais modernos do mundo

F-35 Bombas Nucleares

Atualmente os caças de quinta geração são o que há de mais moderno na aviação de combate.

Todos contam com, pelo menos, algumas dessas características: super manobrabilidade, supercruzeiro (voo de cruzeiro supersônico sem o uso de pós-combustão), fusão de dados, aviônicos no estado da arte, radares de varredura eletrônica ativa (EASA) e stealth (furtividade), sendo essa última a característica mais importante de todas, se fazendo presente em todos os caças (ou projetos) de quinta geração.

Tal característica é obtida através do desenho geral das aeronaves, projetado para desviar as ondas de radar, e com o uso de sistemas de guerra eletrônica e materiais compósitos na construção da aeronave, que absorvem parte das ondas.

Mas afinal, quais são os caças de quinta geração presentes hoje em dia? Quais são os projetos futuros? 

 

Lockheed Martin F-22A Raptor

F-22
Foto: Keith Draycott

O F-22A Raptor foi o primeiro caça de quinta geração. Suas origens remontam ao projeto Advanced Tactical Fighter (ATF) da Força Aérea dos EUA (USAF), cujo embrião veio na década de 80.

O ATF deu origem a dois demonstradores de tecnologia: o YF-22 desenvolvido pela Lockheed, Boeing e General Dynamics e o YF-23 da Northrop e McDonnell Douglas.

O demonstrador do time liderado pela Lockheed sagrou-se vencedor, e em setembro de 1997 o F-22 Raptor como conhecemos hoje decolava pela primeira vez; a aeronave entrou em serviço com a USAF em 2005. 

YF-22
Protótipo YF-22. Foto: USAF.

O F-22 é um caça de superioridade aérea com uma capacidade secundária de ataque ao solo. Para cumprir sua função primária a aeronave é armada com mísseis Ar-Ar de curto alcance AIM-9 Sidewinder e mísseis de médio-alcance AIM-120 AMRAAM. Já para as missões Ar-Solo o F-22 carrega bombas GBU-32 JDAM ou GBU-39 Small Diameter Bombs (SDB).

F-22A disparando um míssil AIM-120 AMRAAM. Foto: USAF.

Em setembro de 2014 o F-22A estreou em combate: quatro caças executaram missões de ataque contra alvos do Estado Islâmico no norte da Síria usando bombas GBU-32.

Além das bombas e mísseis, o Raptor é equipado com um canhão rotativo M61 Vulcan de 20mm. A aeronave também pode carregar dois tanques externos, o que lhe dá um alcance de traslado de 1600 milhas náuticas.

Seus motores Pratt & Whitney F119 lhe dão capacidade de supercruise*, podendo voar a Mach 1.8 sem usar pós-combustão e estima-se que sua velocidade máxima seja por volta de Mach 2.2.

*A capacidade supercruise é interessante por possibilitar um voo rápido da aeronave, diminuindo o tempo de resposta a um ataque, sem comprometer tanto a autonomia de voo.

F-22
Com os tanques externos o F-22 tem um alcance de traslado de 1600 milhas náuticas. Foto: USAF.

Dos 195 Raptors construídos, cinco foram perdidos em acidentes, sendo dois fatais. O F-22 é uma aeronave exclusiva da USAF, e para isso o Congresso dos EUA criou leis proibindo a exportação do caça a fim de manter seus segredos bem protegidos.

 

Lockheed Martin F-35A/B/C Lightning II

Caças F-35

O F-35 é fruto do programa Joint Strike Fighter (JSF). Assim como o ATF, esse também deu origem a dois demonstradores: o Boeing X-32 e o Lockheed X-35, sendo esse último o vencedor do programa. 

Desde então, seu desenvolvimento tem enfrentado diversos atrasos e aumentos de custo, tornando o programa do F-35 o mais caro da história dos EUA, tendo um custo estimado em US$1 trilhão ao longo de 60 anos.

Entretanto, o F-35 é considerado o mais moderno caça em serviço atualmente, combinando o que há de mais recente em termos de software e hardware.

F-35 cockpit
Cockpit do F-35 Lightning. O Head-Up Display (HUD) foi totalmente substituído pelo Display Montado no Capacete (HMD).

Suas capacidades de fusão e compartilhamento de dados são superiores a de qualquer outra aeronave de combate em serviço atualmente. A aeronave conta com câmeras montadas em sua fuselagem, cujas imagens combinadas através da fusão de dados e projetadas diretamente do capacete, formam uma visão de 360º ao redor do caça, dando ao piloto uma consciência situacional jamais vista antes. 

F-35 variantes
As três variantes do F-35 juntas. Da esquerda para a direita: F-35C, F-35B e F-35A. Foto: Lockheed Martin.

Por ser um caça desenvolvido para servir à Força Aérea, Marinha e Fuzileiros Navais dos EUA, o F-35 tem três variantes: A, B e C.

O F-35A é a variante de pouso e decolagem convencionais desenvolvida para a USAF. Também é a mais presente em outras forças aéreas ao redor do globo. O F-35A é o único que tem o canhão montado internamente: o GAU-22/A de 25mm encontra-se no lado esquerdo da fuselagem e carrega 180 munições.

Nas outras variantes (B e C) o canhão é carregado externamente em um casulo ventral. Apesar do casulo ter características stealth, a capacidade furtiva ainda é afetada diretamente. 

O F-35B é a variante de pouso e decolagem vertical desenvolvida para o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (USMC). Por ter um motor de sustentação vertical no meio da fuselagem, esta variante tem a performance um pouco inferior: seu alcance máximo é de 900 milhas náuticas, enquanto os F-35A/C podem alcançar 1200 milhas náuticas.

O F-35B também é limitado a 7G, ou seja, também é menos manobrável. Todavia as três variantes têm a mesma velocidade máxima de Mach 1.6

Desenvolvida para a Marinha dos EUA (USN), o F-35C é a variante de pouso e decolagem em porta-aviões (CATOBAR).

F-35 embarcado
Caças F-35C no convés do porta aviões nuclear USS George Washington. Foto: Issac Lebowitz/Aviation Photography Digest.

O Lightning II é um caça multifunção, então pode empregar diversos modelos de bombas, mísseis ar-ar e ar-solo. Outro destaque do F-35 é o “Beast Mode”, onde a aeronave faz uso dos cabides externos para carregar bombas guiadas e mísseis ar-ar.

F-35 tabela
Tabela comparativa dos modos Stealth e Beast.

Ao contrário do F-22, o F-35 já foi exportado para diversos países nas variantes A e B. Atualmente mais de 600 unidades já foram produzidas.

Apesar de seguir em desenvolvimento, recebendo atualizações periodicamente, o F-35 já participou de missões de combate real com o USMC e a Força Aérea de Israel.

 

Sukhoi Su-57 Felon

Sukhoi Su-57 Rússia
Caça SU-57 da Rússia- Foto: © Sergei Savostianov / TASS

Antigamente designado T-50, o Su-57 é um produto do Projeto PAK-FA (Complexo Prospectivo Aeronáutico de Aviação de Linha de Frente) da Força Aérea Russa. Seu primeiro voo foi realizado em janeiro de 2010 e a primeira unidade de produção foi recebida pela Força Aérea Russa em 25 de dezembro de 2020.

Su-57 t-50
O então Sukhoi T-50 durante um de seus primeiros voos. Foto: Sukhoi.

Seu desenvolvimento sofreu atrasos principalmente nos motores: os protótipos e as primeiras unidades seguirão usando os turbofans AL-41F1 (uma versão mais potente do AL-31 usado nos caças da Família Flanker) até que o novo motor Izdeliye 30 esteja pronto. Estima-se que o Su-57 terá um alcance de traslado de 4500km (usando tanques subalares recentemente testados) e velocidade máxima de Mach 2.

Vale lembrar que seus motores são equipados com empuxo vetorado (TVC), o que lhe dá altíssima manobrabilidade, apesar dessa característica não ser uma novidade em caças russos desde a introdução do Sukhoi Su-27 na década de 80.

Motor Saturn Izdeliye-30, uma de suas diferenças na parte externa, para a geração anterior, é a presença do serrilhado na tubeira direcional do motor. Outras características foram alteradas internamente.

O Su-57 emprega diversos sensores integrados entre si, com destaque para os radares N036 montados no nariz, no “queixo” e nos bordos de ataque das asas. Pode parecer estranho, mas essa abordagem traz um enorme ganho na capacidade de detecção e  acompanhamento de alvos, além do aumento de consciência situacional do piloto.

Além dos radares, o Su-57 também emprega um pacote de sensores eletro-ópticos, com destaque para o sensor de busca e acompanhamento infravermelho (IRST) 101KS-V, um equipamento que pode ser considerado tradicional em aeronaves de caça de origem russa.

O caça é equipado com um canhão GSh-30-1 de 30mm e pode empregar uma variada gama de armamentos, como por exemplo os mísseis ar-ar R-37, R-73 e R-77, os mísseis ar-solo Kh-31 e Kh-58 e bombas guiadas de diversos tipos.

Su-57 Foto: Antoly Burtsev
Su-57 (T-50-3) carregando mísseis R-73 e R-77. Foto: Foto: Antoly Burtsev.

A aeronave chegou a ser testada em combate na Síria em 2018. Em 2019 a publicação Scramble Magazine divulgou que a OTAN teria designado o código Felon para o Su-57, o que não foi confirmado pela organização. Entretanto, a suposta designação já se popularizou, sendo comum ver especialistas e entusiastas chamando a aeronave de Felon. 

Atualmente o Su-57 só foi adquirido pela Força Aérea Russa, ao passo que a Argélia já demonstrou interesse na aeronave. Uma aquisição de 14 aeronaves chegou a ser noticiada em 2019, mas o acordo não foi confirmado pelo Governo Argelino nem pelo Governo Russo.

A Índia participou do desenvolvimento do caça com o Programa FGFA (Fifth Generation Fighter Aircraft), mas acabou abandonando o projeto em 2018. Segundo fora reportado na época, a Força Aérea Indiana não estava satisfeita com as capacidades do caça russo. A Índia agora está desenvolvendo seu próprio caça de quinta geração, o HAL AMCA (Advanced Medium Combat Aircraft).

 

Chengdu J-20 Mighty Dragon

Caças futivos chineses J-20-Foto: China Aviation Review Twitter

O J-20 Mighty Dragon é o primeiro caça de quinta geração da Força Aérea do Exército de Libertação da China (PLAAF), desenvolvido pela Chengdu Aerospace Corporation no âmbito do projeto J-XX da década de 90.

A aeronave fez seu primeiro voo em janeiro de 2011 e entrou em serviço com a PLAAF em 2017 e assim como o F-35 dos EUA e o Su-57 da Rússia, também encontra-se em desenvolvimento.

J-20

Ao contrário de todos os projetos de caças de quinta geração (com exceção ao projeto sueco), o J-20 chinês usa asas em delta-canard, o que aumenta as suas capacidades de manobra mas reduz a sua furtividade. Acredita-se que essa redução foi compensada com o uso de sistemas de guerra eletrônica.

Em comparação com o F-22, seu principal adversário, o J-20 carrega menos mísseis ar-ar: quatro mísseis de médio PL-15 e dois mísseis de curto alcance PL-10, contra seis AIM-120 e dois AIM-9 para o americano.

Todavia a aeronave deve receber mísseis mais novos no futuro. O mesmo serve para os motores: as aeronaves mais novas estão recebendo os turbofans WS-10C de origem chinesa.

Estes deverão substituir o Saturn AL-31F russos em uso atualmente. Acredita-se que a aeronave terá quase 6000 quilômetros de alcance de traslado e uma velocidade máxima perto de Mach 2.5.

Foto: Air Force News

Pouco se sabe sobre as reais capacidades de qualquer caça de quinta geração, mas pode-se dizer que o J-20 e seu “compatriota” FC-31 são os mais misteriosos atualmente. Isso se deve muito ao fato da China ser um país bastante fechado, que não têm o costume de falar muito sobre seus equipamentos de última geração.

De qualquer forma, o J-20 já está em serviço e a PLAAF segue recebendo suas unidades. Em janeiro a AVIC divulgou artworks sugerindo o desenvolvimento de uma versão biplace (dois assentos) da J-20. O caça, que tem em volta de si uma grande aura de especulações, já preocupa o Ocidente há bastante tempo.

 

Shenyang FC-31 Gyrfalcon

Shenyang FC-31

Se o J-20 é misterioso, o FC-31 Gyrfalcon (Falcão-Gerifalte) da Shenyang é mais ainda. A aeronave fez seu primeiro voo em outubro de 2012 e foi revelada ao público em 2014 no Show Aéreo de Zhuhai. Na sua primeira versão ficou bastante claro que seu design foi muito inspirado no F-22 e F-35, sendo quase uma mistura dos dois.

j-31 FC-31
O então J-31 durante sua primeira aparição pública em 2014. Fica clara a semelhança com o F-22 e F-35. Foto: WC.

Todavia, fotos mais recentes mostram que o desenho da aeronave foi revisado, e já não lembra mais tanto as suas contrapartidas estadunidenses.

Atualmente seus motores são os RD-93 de origem russa, mas à medida que o projeto vai evoluindo ele receberá, eventualmente, motores chineses.

fc-31
FC-31 em sua configuração mais recente.

Suas dimensões são similares às do F-35 — ambos têm aproximadamente 11 metros de envergadura; o chinês tem 17 metros de comprimento e o americano tem 15 metros — mas a performance deverá ser superior. Acredita-se que o FC-31 terá uma velocidade máxima na casa dos 2200 Km/h.

FC-31
Artwork de um FC-31 naval pousando em um porta-aviões. Arte: Jeff Holy.

O FC-31 está sendo desenvolvido como um caça naval, e seu programa está recebendo financiamento da Marinha Chinesa. O caça deverá ser embarcado na nova geração de porta-aviões chineses.

 

Projetos Futuros

Estados Unidos, Rússia e China já têm seus caças de quinta geração em serviço, alguns já testados em combate no caso do Su-57, F-22 e F-35. Mas outras nações estão desenvolvendo seus próprios projetos.

A Coréia do Sul está quase completando o primeiro protótipo do KAI KF-X, cujo rollout deve ser realizado ainda esse ano, e o primeiro voo no ano que vem. A aeronave está sendo desenvolvida em conjunto com a Indonésia e deverá substituir os antigos F-4E Phantom II e F-5E/F Tiger II da Força Aérea da República Sul-Coreana (ROKAF).

Diversas empresas internacionais como Elta, Elbit, Saab e General-Electric também tem participação no projeto.

Mock Up do caça coreano KF-X- Foto: Via internet

Uma característica interessante do KF-X é que as primeiras versões, chamadas de Block I, carregarão seus armamentos externamente, contrariando os outros caças de quinta geração.

Ao passo que isso reduz muito a capacidade furtiva da aeronave, também permite que ela seja posta em em serviço o quanto antes, dando mais fôlego para as companhias desenvolverem a versão totalmente stealth.

KAI KF-X
O primeiro protótipo do KF-X em fabricação. Foto: KAI.

A aeronave é projetada para ter velocidade máxima perto de Mach 1.8. Na Coréia do Sul o projeto é fonte de controvérsias por conta de seu alto custo, já que seria muito mais barato adquirir aeronaves prontas. Vale lembrar que a ROKAF adquiriu 40 unidades do F-35 Lightning II.

O primeiro protótipo já está nas fases finais de montagem e deve ser apresentado em abril. 

Na Turquia segue o desenvolvimento do TAI TF-X, cujo primeiro voo é planejado para 2023. O Governo Turco está investindo muito no projeto desde que foi expulso do programa F-35 após a aquisição de sistemas antiaéreos S-400 de origem russa. Segundo os EUA, o S-400 pode captar dados sigilosos do F-35, que seriam repassados à Rússia.

TAI TF-X
Mock Up do TF-X no Teknofest 2019. Foto: Talhaaisk.

A aproximação com a Rússia ficou ainda mais forte quando essa ofereceu suporte ao desenvolvimento do TF-X, inclusive com transferência de tecnologia. De acordo com autoridades turcas, a aeronave deverá ter uma velocidade superior a Mach 1.8, capacidade de supercruise, e baixíssima assinatura térmica e radar.

Após a saída do Programa FGFA em parceria com a Rússia, a Índia direcionou seus recursos para o desenvolvimento do HAL AMCA (Advanced Medium Combat Aircraft). O AMCA deverá substituir os Mirage 2000, Sepecat Jaguar e Mikoyan Gurevich MiG-27 (este último já aposentado) e operar em conjunto com os Sukhoi Su-30MKI, Dassault Rafale, MiG-29K e o HAL Tejas também desenvolvido na Índia.

Modelo do HAL AMCA no Aero India 2021.

A fim de reduzir sua dependência com a França e a Rússia, seus principais fornecedores, o projeto indiano já um tem altíssimo nível de nacionalização de componentes e a aeronave deverá ser 100% desenvolvida e fabricada em solo indiano.

De acordo coma Força Aérea Indiana, o AMCA será capaz de desempenhar missões de ataque ao solo, superioridade aérea, interceptação e terá algumas características de sexta geração. Além disso, a aeronave deverá ter variantes navais.

Modelo do HAL AMCA no Aero India 2021.

Em 2013 o Irã revelou o Qaher 313, um pequeno caça monoposto de quinta geração. Entretanto, o projeto logo foi altamente questionado por especialistas por conta de seu design, tamanho e pelos aviônicos de seu cockpit.

Em 2017 a mídia estatal iraniana divulgou vídeos de um teste de táxi com um novo protótipo, apresentando diferenças em seu tamanho, motores e desenho.

F-313 em testes de táxi.

O Flygsystem 2020, ou FS 2020, é o projeto sueco para um caça de quinta geração que deverá substituir o JAS-39 Gripen. As artes divulgadas mostram um caça monomotor equipado com canards. Poucas informações foram divulgadas sobre o projeto e não há nenhuma previsão de rollout para algum protótipo.

Flygsystem 2020. Arte: Saab.

A Força Aérea Paquistanesa afirmou que está desenvolvendo um caça de quinta geração no âmbito no Projeto Azm, porém não entrou em detalhes.

 

A Sexta Geração

Desde o primeiro voo do F-22 Raptor em 1997, apenas 3 países desenvolveram caças de quinta geração: EUA, Rússia e China. Os EUA já têm o F-22 em serviço desde 2005 e o F-35 desde 2015, sendo que esse último segue em desenvolvimento.

A Rússia recentemente recebeu seu primeiro Sukhoi Su-57 de produção e a aeronave ainda está usando os motores provisórios AL-41F1.

A China opera o Chengdu J-20 desde 2017, mas assim como o F-35 e o Su-57, ele segue em desenvolvimento. Sabe-se ainda menos sobre Shenyang FC-31 que deverá ser embarcado nos novos porta-aviões chineses. Ou seja, existem apenas cinco modelos (sem contar as variantes do F-35) de caças de quinta geração desenvolvidos apenas por três países.

Foto – Peter Nicholls/Reuters

Ainda assim, já surgiram mock-ups e artes de como deverá ser a Sexta Geração de Caças. Os projetos mais relevantes são o BAe Tempest da Inglaterra, Itália e Suécia; o New Generation Fighter (NGF) do projeto Future Combat Air System (FCAS) da França, Alemanha e Espanha; o Mikoyan MiG-41 russo; o F-X japonês e o F/A-XX dos EUA. Todos são projetos preliminares que deverão definir como e quais serão os requisitos da futura geração de caças.

Atualmente acredita-se que os caças da sexta geração também serão furtivos como os de quinta geração, poderão ser tripulados opcionalmente, usarão armas de energia dirigida (laser), mísseis hipersônicos e controlarão enormes enxames de drones armados dentro de ambientes de combate altamente contestados e centrados em rede.

FCAS (Airbus e Dassault- Foto: BillyPix

O mock-up do Tempest britânico foi apresentado pela primeira vez no Show Aéreo de Farnborough em 2018. Desde então diversas empresas se uniram ao projeto. Já o NGF/FCAS foi apresentado no Show Aéreo de Paris em 2019.

Concepção artística de como seria o F/A-XX na versão tripulada e não tripulada. Arte: Boeing

O Programa F/A-XX dos EUA visa substituir os F/A-18E/F Super Hornet da Marinha dos EUA. Em 2020 a Força Aérea dos EUA afirmou que desenvolveu e testou em voo um protótipo de caça de nova geração, mas não deu mais detalhes.

Os projetos já existem, mas ainda vai demorar bastante até que um caça de sexta geração esteja pronto para o combate. Até lá, os caças da atual quinta geração deverão evoluir exponencialmente, através de atualizações em seus mais variados sistemas. 

 

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Artigos, Militar, Notícias, Notícias

Tags: Caças Furtivos, Quinta Geração, stealth, usaexport